Paulinas Vocacional


O CAMINHO DO DESPERTAR VOCACIONAL


No dia 02 de fevereiro, celebra-se, no mundo inteiro, o dia da Vida Religiosa, lembrando a força da vocação consagrada, na Igreja.  Quem participa dessa forma particular de vida? São homens e mulheres comuns? Porém, neles há um diferencial: são pessoas que assumem intensamente as consequências do próprio Batismo, na dinâmica seguimento de Jesus e do Reino de Deus.
De fato, desde a sua origem, com os padres do deserto (século III), a Vida Religiosa consagrada é abraçada por homens e mulheres que sentem o chamado de Deus e se dispõem a seguir Jesus radicalmente. Como discípulos, vivem na intimidade do Mestre  e dele aprendem a missão. Enfim, são enviados pelo próprio Jesus, como lemos em Jo 15,16: “Não foram vocês que me escolheram, mas fui eu que escolhi e constitui vocês para que vão e produzam frutos e para que o fruto de vocês permaneça”.
E que fruto é esse de que fala Jesus?  É o Reino de Deus. Ele é comparável à pedra preciosa de incalculável valor, pela qual vale a pena a vender tudo para comprá-la. Isso é o que fazem os(as) religiosos(as). Eles trocam os bens desse mundo por um tesouro no céu. E não só: são felizes por isso. (Inclusive, fica aqui uma sugestão): Que tal você entrevistar um padre ou uma religiosa e perguntar: como é que ele(a) se sente por entregar totalmente sua vida a Deus, em resposta ao amor de Cristo? Esse amor de um Deus apaixonado que, antecipadamente, se entregou por todos e cada um de nós, até a morte de Cruz? Eis a prova de amor que Jesus nos deu!
 Acolhendo esse amor, os religiosos(as) colocam-se, inteiramente disponíveis para servir a Deus e ao próximo, com um coração indiviso e de modo integral. (Se você  desejar, poderá lhes fazer outras perguntas, tais como: Por que escolheram seguir esse caminho em sua vida?
Continuando essa reflexão, neste artigo, trazemos o testemunho de uma jovem vocacionada de hoje. Aline, a exemplo de Maria e do profeta Jeremias, decidiu a ouvir a voz do coração, onde Deus lhe apresentou um  projeto, no qual a sua dedicação possa ser integral.
Acolhamos, pois, o testemunho de Aline Oliveira, 22 anos. Ela partilha com muita alegria, a história do chamado de Deus em sua vida. Aline é natural de Manaus- AM. Como cristã e membro ativo da Renovação Carismática, ela conta como se deu o seu despertar para a vocação religiosa: “Foi à luz do profeta Jeremias que senti o primeiro toque de Deus, apontando-me a vida religiosa consagrada”. Lendo Jeremias, capítulo um, versículo cinco (Jr 1,5): “ Antes de formar você no  ventre de sua mãe, eu o conhecia, antes que fosse dado à luz, eu o consagrei, para fazer de você profeta das nações”.  Nessas palavras, Aline encontrou uma luz particular, que esclareceu bem sua vocação... E mais: essa nova experiência interior levou Aline a tomar uma atitude
Vejamos o que ela fez. “Desde então, parti em busca de ajuda para aprofundar essa realidade nova do chamado interior, que inquietava meu coração. Escrevi uma carta a Irmã Roberta, da congregação das Irmãs Paulinas, pedindo que ela me ajudasse a fazer uma caminha vocacional. Ela, por sua vez, respondeu- me: – Sim, vou ajudá-la! 
Então, continua Aline: “Comecei a participar dos encontros vocacionais com as Irmãs Paulinas, no dia 21 de agosto de 2010. Em 20 de outubro de 2010, decidi que iria aprofundar o carisma da Família Paulina. Hoje, estou em Belém. Há um ano, integro a comunidade paulina, como aspirante à vida consagrada. Estou firme feliz,  respondendo meu sim todos os dias. Louvo e agradeço a Deus por ter me escolhido dentre muitas jovens para estar nessa missão, de viver e Comunicar Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida a toda as pessoas. Agradeço também a todas as pessoas que ajudaram e que ainda hoje ajudam na minha caminhada vocacional. Que Deus abençoe a todos”.
Acompanhando esse relato do chamado da Aline, damo-nos conta da alegria dessa jovem ao dizer o seu SIM a Deus. Nessa perspectiva de busca e resposta ao Senhor,                                                                                                    vale a pena colocar-se a caminho para descobrir qual é o projeto de Deus para cada um de nós, sem deixar que o medo nos impeça de dar o passo inicial, tão importante e decisivo para descobrir o que realmente o Criador quer de nós.
 Concluindo, podemos dizer que esse é o caminho da verdadeira felicidade, como afirmou o saudoso Papa João Paulo II num de seus discursos, em sua primeira viagem ao Brasil: “Somente na disponibilidade à voz de Deus, encontraremos a alegria de uma completa realização.”  

Para refletir aprofundar, rezar e vivenciar
            1. O que testemunho da Aline despertou em você?
            2. Olhando para a sua caminhada pessoal, como está sua disponibilidade a Deus?
                                 

                                                                                                            Ir. Lourdes Silva, fsp





 TECLA MERLO: PRECURSORA DA EVANGELIZAÇÃO

Ainda no clima da comemoração da vida religiosa consagrada, celebrada no dia 02 de fevereiro, na Igreja, em todo o mundo, hoje, neste artigo, somos enriquecidos com o testemunho vocacional de uma jovem de sua fé. Porque acreditou na força da comunicação, ela“antecipou” a hora da mulher, tornando-se precursora da evangelização na Igreja, no século 20.

Veremos na trajetória de Ir. Tecla Merlo, uma virada histórica na acolhida dos meios de comunicação, a partir de um grupo de mulheres que, movidas pela fé, saem dos bastidores para as linhas de frente da evangelização, como religiosas.

Voltando à importância da vida religiosa consagrada, durante a eucaristia presidida por ele, nesta data, em sua homilia, Dom Alberto perguntou: “Que segredo carregam esses homens e mulheres consagrados a Deus?  E, seguida completou: Ainda que sejam pessoas comuns, elas são especiais: felizes e realizadas. De fato, os religiosos(as)  vivem a alegria de um encontro pessoal com o Senhor, disponibilizando-se para  o serviço generoso e gratuito aos irmãos.”

Por causa de um projeto maior, os consagrados(as) são capazes de abrir mão de bens materiais e da convivência com a própria família para responder ao chamado de Deus e, livremente, abraçar o estilo de vida de Jesus: pobre, casto e a obediente. Portanto, na base de sua entrega e doação total a Deus e ao próximo está a iniciativa amorosa de Deus que chama, consagra e envia para diferentes carismas e serviços.

Entre muitos homens e mulheres consagrados a Deus, encontramos a Irmã Tecla Merlo, a cofundadora da congregação das Irmãs Paulinas. E quem foi essa mulher? Foi uma pessoa simples e aberta a Deus. Sobretudo foi uma jovem ousada e corajosa. Apoiada na fé, herdada de sua família, assumiu sem medo os meios modernos de comunicação, e encorajou, no mundo inteiro, iniciativas novas na evangelização.

Ela nasceu no dia 20 de fevereiro de 1824, na Itália. No batismo, recebeu o nome de Teresa Merlo. Desde a adolescência dedicara-se à arte da costura. Era a única filha de quatro irmãos. Em sua casa reinava o amor, o respeito e a união. Ela amava os seus e preocupava-se muito com a família. Porém, acima do amor aos familiares, estava o seu amor a Deus. o desejo de fazer sua vontade e um grande desejo de ser religiosa. Por isso, Teresa sempre foi aberta e dócil à “voz” de Deus, em especial quando discretamente, ele bateu à porta do seu coração.

Vejamos, então, como se deu o chamado de Deus para essa jovem. Aos 20, anos de idade, Teresa foi convidada por Pe.Alberione, fundador da Família Paulina, para colaborar com ele numa obra de bem e para coordenar um grupo de jovens que se preparavam para trabalhar com a imprensa. “Fui com minha mãe conversar com padre Tiago Alberione. Disse-me que inicialmente, trabalharia na costura, fazendo camisas para os soldados, pois era tempo de guerra na Europa; mas, depois seria criada uma congregação de irmãs para evangelizarem com a boa imprensa. Ele também falou com minha mãe que me permitiu ficar lá por quinze dias... que não terminaram nunca !” – recorda, anos depois...

E o que aconteceu após esse “SIM”?  De fato o sim pronto dessa jovem costureira e catequista foi o primeiro passo na realização de um grande projeto: ajudar ao jovem teólogo, Tiago Alberione, a concretizar o sonho de Deus para a Família Paulina, no século 20. Providencialmente,  Tereza acreditando na força da comunicação, junto com Alberione assumiu e colocou os Meios de Comunicação a serviço do Evangelho. Assim, nasceu o carisma paulino na Igreja.

“A oportunidade de passar da máquina de costura às máquinas tipográficas surgiu, quando, em 1918, Dom Castelli, bispo de Susa (Itália), pediu ao padre Alberione ajuda para o jornal de sua diocese, chamado Valsusa. Teresa e algumas de suas companheiras, confiando apenas no Senhor que, mediante Alberione as enviava em missão, assumem com garra e grande êxito o jornal. Desse modo, com esse ato de fé e ousadia, essas mulheres foram precursoras do tempo, deixaram os bastidores para se empenharem nas linhas de frente da evangelização... ‘Vocês têm a missão de tornar conhecido Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida`- afirmou o fundador.” (Cf. Revista Família Cristã, nº 914, 02/2012).

Enfim, unida à missão paulina especifica das Filhas de São Paulo, nascente; seguiu-se a caminhada formativa das jovens que Alberione reunira e preparava visando a evangelização. Assim, em 22 de julho de 1922, em Alba (Itália), após oito dias de retiro espiritual, junto com outras nove jovens Teresa emite os votos religiosos de obediência, castidade e pobreza e recebeu o nome de Irmã Tecla Merlo, em homenagem à primeira discípula de São Paulo Apóstolo.

Entre outras características de Irmã Tecla Merlo, destaca-se a força de sua fé a toda prova, contrastando com seu físico fraco. Hoje, o seu exemplo de fé, coragem e dinamismo é fundamental para quem acredita na comunicação como força de evangelização.



Para refletir aprofundar, rezar e vivenciar

1.      O que mais chamou sua atenção na vida de Irmã Tecla Merlo?

2.      Hoje, pensando na missão, que mensagem ela deixa para nós e, especial para você, jovem, da era digital?

                                                                                                Ir. Lourdes Silva, fsp



MARIA, MÃE DE JESUS


No Advento celebramos as duas vindas de Jesus: a 1ª vinda na carne, funda-se no mistério da encarnação do Filho de Deus; a 2ª, a futura, virá no fim dos tempos.

Assim, agora, o Senhor se dá a conhecer não mais por meio de intermediários: patriarcas e profetas. Nestes tempos, que são os últimos, o Senhor nos fala por seu Filho Jesus (Hb 1,2). Contudo, nesse contexto de salvífico de cumprimento das promessas, urge focar também aqui a presença discreta de Maria.

E como a encontramos? Associada e inseparavelmente unida a Jesus. Com ela, vamos celebrar este mistério, como anunciou o Precursor: “Predito por todos os profetas, esperado com amor de mãe pela Virgem Maria, Jesus foi anunciado e mostrado presente no mundo por São João Batista. O próprio Senhor nos dá a alegria de entrarmos agora mistério do seu Natal [...]” (MR, Prefácio do Advento,II).

De fato, nessa 1ª vinda de Jesus, Maria teve um papel primordial. Ela foi escolhida por Deus para ser a mãe de Jesus, o Salvador. Foi também associada à missão do Filho, desde o momento da anunciação do Anjo; e em tudo é referida a Ele (Doc. de Puebla, nº 292).

Apesar disso, o que encanta em Maria é a sua humildade e a grandeza de sua fé. Por isso, ela soube reconhecer o seu lugar nesse projeto maior de Deus. Nele, o centro Jesus: Ele será grande... Então, ela, na sua condição de criatura, aí permanece como a serva do Senhor (Lc 1,38). Tal atitude agrada ao Senhor, e Jesus vai citá-la várias vezes em sua pregação. Podemos encontrá-la nos evangelhos com essa expressão: “Aquele que se humilha será exaltado e o que se exalta será humilhado”.

Eis a lição de vida que Maria nos dá!

Além disso, há outro grande ensinamento de Maria para nós. Nela, sobretudo, Jesus exalta a fé! Quem nos alerta para isso é próprio Jesus. Vamos acompanhar o momento em que ele reconhece e afirma tal atitude de sua mãe. Isso se dá, quando Ele está ensinando ao povo e alguém entre seus ouvintes proclama a maternidade física de Maria. Vamos conferir o que o texto diz: 27 Enquanto Jesus dizia essas coisas, uma mulher levantou a voz no meio da multidão, e lhe disse: «Feliz o ventre que te carregou, e os seios que te amamentaram.» 28 Jesus respondeu: «Mais felizes são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática.» (Lc 11,27-28).

Podemos também conferir, no texto que segue, o contexto que envolve o SIM de Maria ao projeto de Deus: sua total disponibilidade e abertura à ação da Palavra em sua vida.





Concluindo, afirmando que em Maria encontramos as condições e atitudes necessárias para assumir o projeto de Deus e acolher Jesus. Que ela nos ajude acolhê-lo nas pessoas que se achegam a nós e na realidade que nos cerca. Assim, Jesus poderá nascer e transformá-las e



Para refletir aprofundar, rezar e vivenciar



1. Acompanhando e refletindo sobre o chamado e a resposta de Maria, que outros elementos você destacaria relacionados à vocação-missão da mãe de Jesus?

2. Como Maria nos ensina a ser discípulos-missionários hoje?
                                                                                           Ir. Lourdes Silva, fsp

 

 

 

  SIM, VOU ANUNCIAR O TEU AMOR A TODOS!  

            “Ilhas, ouvi-me! Povos distantes prestai atenção! Desde o seio materno o Senhor me chamou, desde o ventre de minha mãe pronunciou o meu nome” (Is 49, 1-2).
Neste artigo, um jovem responde à pergunta feita nesta coluna, na edição nº 475: Como escutar o chamado de Deus hoje? Sobretudo, ele ressalta que Deus “fala” no íntimo de cada pessoa, na Biblia e na realidade ao seu redor, que clama por vida, justiça e paz.
Vejamos, então, como a palavra profética de Isaías ressoou fundo na vida do jovem Fabrício da Silva Albuquerque, natural de Belém. Em 1998, após a crisma, iniciou suas atividades na Igreja. Auxiliou em diversas pastorais de sua paróquia. Sentia que precisava doar um pouco mais de si. Assim, seu caminho foi se fazendo. Inicialmente, foi acompanhado por uma religiosa missionária, responsável pela Catequese, Irmã Luiza. Depois, pelas irmãs Franciscanas de São José e, nos anos de 2004 e 2005, pelo Pe. Bruno Sechi (pároco de sua paróquia de origem, Santa Maria Goretti - Guamá).
Em 2006, ingressou no seminário da Arquidiocese de Belém. Hoje, aos 28 anos, Fabrício, cursa o 3º ano de Teologia. Sente-se realizado, amado e feliz pela resposta ao dom da vocação a ele concedido. Por isso, recorda com emoção a presença eficaz da Palavra que iluminou sua vida e o impulsionou a tomar tal decisão.
Acolhamos, em primeira pessoa, sua experiência.
            “Essa palavra de Is 49, 1-2 foi-me dada, quando Deus muito me falava, e eu sem conseguir compreender. Então, num ato de total abandono, diante dele, numa capelinha das irmãs Franciscanas de São José, pedi que Ele me dissesse uma Palavra; me desse uma luz que me apontasse o caminho a ser seguido; que revelasse o que causava tamanha inquietação dentro de mim. Aí, diante da ausência de palavras, silenciei-me. E foi ali, diante do silêncio em mim, que Deus se fez Palavra e, como diz Santo Agostinho: ‘Tornei-me voz, mediante a magnitude da Palavra de Deus em mim’. Eu a voz e Jesus a Palavra. Sem dúvida, esse era o começo de uma grande história de amor; não fora da experiência de cruz, mas presente na realidade da minha comunidade. Abri-me para acolher a dor manifesta em cada rosto, a falta de sentido à vida de tantos jovens, a ausência de uma adesão a Cristo, centro de toda a vida, de todo o homem e do homem todo. Foi ali que percebi que o Senhor me chamava, desde o ventre de minha mãe. Por Ele chamado, amado, querido, instruído e, no tempo d’Ele, enviado para anunciar tal amor.”
            Fabrício relata flashes de sua experiência com a Palavra: “Santa capelinha, que em sua singeleza e acolhida permitiu que, ali também, a mesma brisa leve que revelara a Elias a face de Deus pudesse, tocando o meu rosto, falar com a mesma intensidade da presença de Deus que me gestou no ventre de minha mãe e aguardava minha resposta para com Jesus. Uma resposta livre, renovada a cada dia em atos de conversão para corresponder ao seu chamado e seu envio para anunciar seu amor, sua sabedoria. Embora tão pequenino, brotou em mim um imenso desejo de ser envolto por esse infinito amor, poder servi-lo, conhecê-lo, amá-lo e segui-lo em tudo o que sou e em tudo o que tenho”.
            Diante da simplicidade e magnitude dessa palavra, o ser humano não pode ter outra atitude a não ser prostrar-se e rezar, como Fabrício: ´Creio, Senhor, que me criaste para Ti, que me indicaste o caminho para te encontrar e me indicas, pela Palavra e pelos sacramentos, que és a felicidade prometida a quem te servir. Ilumina-me e mostra-me o vosso caminho. Dá-me coragem para segui-lo generosamente. Peço isso por Jesus Cristo e por Maria, minha mãe. E, quando chegar o tempo oportuno, eu possa repetir com São Paulo: “Combati o bom combate, terminei minha carreira, guardei a fé. Desde já me está reservada a coroa da justiça, que me dará o Senhor, justo juiz, naquele dia.” Amém.
Concluindo, Fabrício lança-nos um desafio: precisamos redescobrir a grandeza de Deus e o que Ele tem a nos revelar por meio de sua Palavra. Daí, sua insistência: “Ele quer nos falar, instruir, apontar o verdadeiro caminho a ser seguido”. Porém, precisamos voltar a Jesus, Palavra de Vida Eterna, em atitude de silêncio interior, abertura e disposição para, com Ele, também nós carregarmos sua cruz e, no tempo de Deus, com Ele, ressuscitarmos.
Para refletir aprofundar, rezar e vivenciar
1.      O que mais tocou seu coração na partilha do Fabrício com a Palavra de Deus?
2.      Você costuma ler a Biblia e silenciar para ouvir o que Deus tem a lhe dizer?
                                                                                                  Ir. Lourdes Silva, fsp


COMO ESCUTAR A VOZ DE DEUS?
  
O tema de hoje, alusivo à escuta da voz de Deus, dá continuidade ao artigo “O chamado de Samuel”, publicado nesta coluna, na edição nº 467, de 15 a 21/07/11, no qual a palavra de ordem que permitiu ao jovem Samuel compreender que era Deus, e não o sacerdote Eli, que o chamava, foi a escuta e a disponibilidade em responder, com prontidão, às repetidas vezes, que a “voz” o chamava pelo nome: “Samuel, Samuel” (Cf.1Sm 3,4.6.8.10).
É sempre com essa insistência e respeito que Deus chama àqueles(as) que ele escolhe  e convoca para realizar uma missão particular dentro do seu projeto maior, que prevê vida e salvação para todos. Se quisermos conferir, na Bíblia, na vocação dos profetas e de outros chamados, veremos que essa característica da insistência de Deus, em chamar até que a pessoa envolvida possa dialogar com ele, é constante. Até mesmo, o chamado de Jonas, envolta num estilo lendário, reforça essa certeza de que Deus realmente não desiste de chamar e conta com a pessoa chamada para realizar o seu projeto.
E hoje, numa sociedade marcada pela comunicação, é possível ouvir a voz de Deus? Sim, porque mesmo em meio ao barulho, Deus continua chamando a cada um(a) de nós. Precisamos apenas silenciar e treinar nosso ouvido interior para reconhecer sua voz... Então, como escutar Deus em meio a tantos sons e ruídos? Por onde passa o chamado de Deus em nossos dias?   
Sem dúvida, o seu chamado ressoa no mais íntimo do coração humano, que quer ser feliz, anseia pela vida e deseja a paz. Esse desejo profundo se concretizará no encontro com Deus e no serviço ao próximo. Quando a pessoa se abrir interiormente para escutar a “ordem” de Deus e se disponibilizar para colaborar na realização do seu projeto, como fez Maria e José.
O Anjo do Senhor se manifestou a José, em sonhos, dizendo: “José, não temas receber Maria, tua mulher, pois o que nela foi gerado vem do Espírito Santo... ela dará luz a um filho e o chamarás com o nome de  Jesus, pois ele salvará o seu povo dos seus pecado”. Então, “José, ao despertar, agiu conforme o Anjo do Senhor lhe ordenara e recebeu em casa sua mulher” (Cf. Mt 1,18-25).
Hoje as pessoas trazem em seu coração uma sede infinita de ser feliz. Será possível saciar, de modo pleno e não apenas, com momentos passageiros de alegria, tal desejo de felicidade? – Sim! Porém, essa resposta depende de uma condição, como lembrou João Paulo II, aos vocacionados, em sua 1ª visita ao Brasil: “É preciso trocar muitos bens desse mundo por um tesouro no céu”. Disse, ainda, João Paulo II aos jovens desejosos de realizar suas vidas dentro do projeto de Deus: “Somente na plena disponibilidade à voz de Deus a pessoa encontra a alegria de uma completa realização”. (Cf. Palavra de João Paulo II no Brasil, 1980).
Contudo, é preciso admitir que a muitos jovens, falta a coragem de arriscar tudo por Jesus, como fez São Paulo Apóstolo. Ao encontrar em Cristo Ressuscitado o bem absoluto de sua vida, aquilo que ele realmente buscava, Saulo/Paulo deixou para trás tudo o que antes era importante para ele; e tudo considerou como lixo, para seguir Jesus (Cf.: Fl 3,7-8).
Concluindo, vale lembrar que chamado de Deus continua inquietando o “sono” e o coração de muitos jovens, em busca da resposta certa para sua vocação.  Como obtê-la? Permanecendo atento (a) e disponível à voz de Deus, que “fala” no seu interior, na Bíblia e na realidade ao seu redor que clama por vida, justiça, paz...
Então, diante disso, o que você se dispõe a fazer por Deus e pelos irmãos, a fim de “todos tenham vida e vida em abundância” (Jo 10,10)? Ouça o que Deus lhe confirma na paz do seu coração.
Para refletir aprofundar, rezar e vivenciar
1.      Você costuma estar atento (a) à voz interior que move e orienta seu coração?
2.      Como você responde(rá) à voz de Deus?
                                                                                      
     Ir. Lourdes Silva, fsp

 

VOCAÇÃO SACERDOTAL – PROPOSTA AOS JOVENS

Queridos jovens amigos, a nossa proposta para vocês hoje, é para pararem um pouco as atividades que estiverem fazendo e darem um tempo em suas vidas agitadas, muitas vezes conturbadas e muitas vezes indecisas, para pensarem um pouco em seus futuros.
Com certeza, muitos de vocês ou todos, já pensaram em algum momento de suas vidas em como seria seu futuro. Quem nunca pensou:
- “O que eu quero ser na vida?”
- “O que eu posso ser na vida?”
- “Que rumo eu devo tomar na vida?”
- “Será que eu quero me casar, ter esposa e filhos?” 
- “Que profissão eu devo seguir?” E assim vai...

Eu agora queria lhes colocar mais uma alternativa de futuro. Você já pensou alguma vez em ser um sacerdote? Em dedicar a sua vida inteiramente a Jesus e à sua Igreja?
Você já pensou alguma vez em se dedicar a evangelizar, ministrar os sacramentos, celebrar a Eucaristia e ser um legítimo representante de Cristo aqui na terra?

Será que alguns de vocês nunca tiveram um lampejo de dúvida sobre seguir a vida sacerdotal? Ou será que você, neste momento, está em dúvida, esperando um sinal de Deus para ver que rumo dar a sua vida?

Não é pretensão minha influenciá-lo na decisão, mas, simplesmente colocar mais algumas informações, para que você possa fazer um discernimento , sob a ação do Espírito Santo de Deus, que o leve a decidir de forma natural e definitiva.

Querido jovem, eu gostaria de contar um caso que aconteceu com um amigo meu há alguns anos atrás. Vamos lá:

Era um jovem de uns 23 ou 24 anos, engenheiro eletroeletrônico, trabalhando numa grande companhia brasileira da área de geração de energia elétrica e tinha um irmão que era gerente de alto escalão que trabalhava na mesma companhia, embora em outro município.
Esse jovem, foi quem ministrou o meu treinamento profissional, quando eu também entrei nessa mesma empresa, também com 23 anos de idade. Foi ele quem ensinou a mim e a outros engenheiros tudo sobre o funcionamento de uma empresa de geração de energia, incluindo os diversos tipos de geração, suas máquinas, processos, procedimentos diversos e muito mais.
Após o treinamento, que levou meses, fomos trabalhar na área de produção e passamos a ser colegas de trabalho daquele jovem engenheiro.
O tempo foi passando e ele começou a galgar postos de gerência na empresa. Mas um dia, quando eu e outros engenheiros estávamos prestando serviço em um outro estado, pela nossa companhia, recebi a notícia de que deveria retornar ao meu local de trabalho original, pois teria que cobrir os serviços que eram realizados por aquele engenheiro que nos tinha treinado. O motivo me foi colocado de forma seca e rápida: “Ele largou tudo para ser padre.”
Os comentários foram os mais diversos possíveis, pois ninguém entendia como um jovem formado em engenharia, com todas as possibilidades de crescimento em sua carreira, que com certeza assumiria altos cargos de chefia e inclusive realizaria várias viagens para o exterior e muito mais, que tinha em torno de uns 27 anos (jovem, mas que na situação dele, já estava com a sua vida arrumada e decidida), de repente, larga tudo para ingressar num seminário, para ser um padre.
Eu mesmo, na época, confesso que fiquei meio surpreso. E assim se foi... Inclusive perdi contato com ele, pois quando cheguei da viagem e do estado onde estava, aquele meu amigo já havia saído da empresa e nunca mais consegui achá-lo.
Muitos anos depois, fiquei sabendo por um amigo em comum, que aquele meu amigo, ex-engenheiro, já havia se ordenado sacerdote e que estava trabalhando numa paróquia na região de Petrópolis, no Rio de Janeiro.
Fui procurá-lo por diversas vezes, mas, sempre que chegava num lugar onde ele havia estado, já tinha saído e estava fazendo alguma atividade longe dali.
Um belo dia, eu estava trabalhando no meu local de trabalho, já como gerente (possivelmente se aquele meu amigo tivesse continuado na empresa, o lugar seria dele), quando me ligaram da portaria dizendo que havia um padre no portão que queria falar comigo. Mandei entrar imediatamente. Grande foi a minha surpresa e alegria quando deparei com o meu amigo, ex-engenheiro, e agora sacerdote.
Ele fez questão de visitar toda a nossa companhia e rever alguns colegas de trabalho que ainda estavam lá. Ficou muito emocionado, e, foi quando falou algo que me deixou muito impressionado e alegre.
Ele falou sobre a sua satisfação e alegria em ser um sacerdote. Nos disse que a sua vocação havia aflorado dentro de si, mas ele ficava em dúvida em largar tudo o que tinha e que teria para se dedicar a algo que na verdade não sabia como seria. E, nos falou que foi a coisa mais certa que fez na vida, que nunca se arrependeu, e, que estava muito alegre e feliz, e mais, estava totalmente completo, pois no tempo que exercia a profissão de engenheiro, sentia sempre um vazio em sua vida.
A partir daquele momento nunca mais o perdi de vista, e sempre vou até a sua paróquia, que fica em outro município que não o Rio de Janeiro, para assistir às suas Missas, que diga-se de passagem, são maravilhosas. O meu amigo padre é um excelente sacerdote, muito amado por seus paroquianos. Faz um excelente trabalho pastoral, missionário e social na região da sua paróquia.
Ah, faltou dizer, que ao tomar a decisão que mudou a sua vida, o meu amigo teve de abrir mão do seu noivado (é..., ele era noivo de uma moça, que entendeu o seu chamado e a sua vocação e hoje é sua amiga) e de seus bens (carro, apartamento, casa onde pensava em morar com a sua futura mulher, etc).
Eu considero esse meu amigo sacerdote, um homem fantástico, de uma coragem extraordinária e de um amor ao Cristo, que se vê só em poucos sacerdotes; amor esse que ele deixa transparecer em suas homilias maravilhosas, das missas que celebra.

Que felicidade ver um homem de Deus, tão dedicado ao seu sacerdócio. Eu fico muito feliz em vê-lo rodeado de paroquianos ao final das missas, dando atenção a todos e com um sorriso cativante no rosto. Fico feliz ainda pelas mensagens que transmite em suas homilias, pela firmeza e paixão de como fala do Cristo e da Sua Igreja.

É meu jovem, esse meu amigo, deu, como se costuma dizer, uma guinada de 180 graus em sua vida. Aos Vinte e poucos anos de idade, começou tudo do zero e se atirou no escuro, de cima da montanha, nos braços de Cristo.
E você?
Ainda continua com dúvidas?

Vejamos, de uma forma simplificada, quais são os passos que devem ser dados por um jovem que se sente chamado para o sacerdócio:

- Em primeiro lugar o jovem deve sentir o chamado para o sacerdócio. Isso é algo pessoal, que pode se dar através de uma experiência própria com Deus, seja pela oração, pela vida comunitária, familiar ou de alguma outra forma. O importante é que em algum momento de sua vida, o jovem se sentiu atraído por Deus para ser um servo Seu, através do sacerdócio.
- Isso acontecendo, o jovem deve procurar um sacerdote, que ouvindo como foi o seu chamado e sentindo o que vai em seu coração, vai orientá-lo nos passos que deverão ser dados.
- O ideal é que o jovem a partir daí, procure o seu pároco de origem, que deverá, sentindo que pode se tratar de uma verdadeira vocação, encaminhá-lo ao Seminário. Caso por algum motivo o pároco de origem do jovem, não possa encaminhá-lo, por motivo de distância ou outro impedimento, o padre que o oriente espiritualmente, pode fazê-lo.
- Chegando ao Seminário, o jovem será encaminhado ao GVA (Grupo Vocacional Arquidiocesano). O GVA vai acompanhar esse jovem e ajudá-lo a descobrir a sua real vocação.
- Aprovado para o Seminário, o jovem vai participar da turma do Propedêutico (no caso do Rio de Janeiro, no Seminário Rainha dos Apóstolos). Lá ele permanecerá por 01 ano.
- Após esse período, o jovem ingressa na Filosofia, no Seminário São José (no caso Arquidiocese do Rio de Janeiro), onde cursará essa disciplina por 03 anos.
- Ao término desse período, o seminarista ingressa na Teologia, no mesmo Seminário São José, onde cursará por 04 anos essa disciplina.
- Ao final da Teologia, o seminarista é ordenado Diácono, indo prestar serviço em uma paróquia, por um período  de 06 meses.
- Após esse período, o diácono é ordenado Sacerdote, com as Bençãos de Deus .
Que o Divino Espírito Santo os ilumine!

Caso você queira compartilhar a sua experiência de vocação religiosa com outros jovens, traga para nós a sua história ou seus comentários. Quem sabe pela sua experiência de vida, outros jovens se sintam tocados.
Contate-nos. 
Que Deus abençoe a todos!

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DOGMAS MARIANOS

Quais são os dogmas marianos?
 
Os dogmas marianos são quatro:


1 - Maria, Mãe de Deus.
O Concílio de Éfeso (431), sob o Papa São Clementino I (422-432), definiu solenemente que: “Se alguém afirmar que Cristo não é verdadeiramente Deus, e que portanto, a Santíssima Virgem não é Mãe de Deus, porque deu à luz segundo a carne ao Verbo de Deus feito carne, seja excomungado”. (Dz.113).

Maria gerara a Cristo segundo a natureza humana, mas quem dela nasce, ou seja, o sujeito nascido, não tem uma natureza humana, mas sim o suposto divino que a sustenta, ou seja, o Verbo. Daí que o Filho de Maria é propriamente o Verbo que subsiste na natureza humana; então Maria é verdadeira Mãe de Deus, posto que o Verbo é Deus. Cristo: Verdadeiro Deus e Verdadeiro Homem.
Nas Sagradas escrituras existem diversas passagens que ratificam esse dogma. Vejamos:
Is 7,14 : “Eis que uma virgem conceberá e dará a luz a um filho e o chamará Deus conosco”.
Lc 1,31 : “Eis que conceberás no teu seio e darás à luz um filho, e tu o chamarás com o nome de Jesus”.
Lc 1,35 : “O anjo lhe respondeu: ‘O Espírito Santo virá sobre ti e o poder do Altíssimo vai te cobrir com a sua sombra; por isso o Santo que nascer será chamado Filho de Deus”.
Gl 4,4 : “Quando, porém, chegou a plenitude do tempo, enviou Deus o seu Filho, nascido de uma mulher...”

2 - A Virgindade de Maria.
Em sentido próprio é a integridade física dos órgãos reprodutivos. Muitas vezes a virgindade de Maria foi atacada pelos hereges. É verdade da fé católica que Nossa Senhora ficou perfeitamente sempre virgem, antes do parto, no parto e depois do parto.

No Símbolo Apostólico se diz: “Nascido de Maria Virgem”; nas antigas liturgias é frequente o título de Maria sempre virgem. No Concílio Romano do ano 649, se define Maria Imaculada, sempre virgem, que concebeu sem concurso de homem e ficou também intacta depois do parto.
Na Sagrada Escritura, temos o famoso trecho de Isaias 7,14, conforme descrito acima. O texto é certamente messiânico e portanto a Virgem é Maria. No Evangelho cita-se esta profecia (Mt. 1,18-23) e se conta com exatas palavras o nascimento virginal de Jesus, por obra do Espírito Santo. Os Padres da Igreja, no trecho de Ez. 44,2, veja a virgindade de Maria depois do parto: “este pórtico ficará fechado. Não se abrirá e ninguém entrará por ele, porque por ele entrara Iahweh, o Deus de Israel, pelo que permanecerá fechado”.
Toda a Tradição é concorde em defender a virgindade perpétua de Maria: Santo Agostinho afirma: “A Virgem concebeu, a Virgem ficou grávida, a Virgem deu a luz, a Virgem é virgem perpétua”. A razão teológica deste dogma é clara e tão simples, ela está na divindade do Verbo e na maternidade de Maria, ao qual repugnou toda a corrupção.


3 - A Imaculada Conceição de Maria.
O Papa Pio IX, na Bula “Ineffabilis Deus”, de 8 de dezembro de 1854 definiu solenemente o dogma da Imaculada Conceição de Maria: “Declaramos, pronunciamos e definimos que a doutrina que sustenta que a Santíssima Virgem Maria, no primeiro instante da sua conceição, foi por singular graça e privilégio de Deus onipotente em previsão dos méritos de Cristo Jesus, Salvador do gênero humano, preservada imune de toda mancha de culpa original, foi revelada por Deus, portanto, deve ser firme e constantemente acreditada por todos os fiéis”. (Dz. 1641).

Maria desde o primeiro instante que é constituída como pessoa no seio de sua mãe, o é sem mancha alguma de pecado. E como foi concebida sem pecado:
- Ausência de toda mancha de pecado.
- Lema da graça Santificante.
- Ausência da inclinação para o mal.
Este privilégio e dom gratuito foi concedido apenas à Virgem Maria, e a nenhum outro ser humano, em atenção àquela que havia sido predestinada para ser a Mãe de Deus.
Em previsão dos méritos de Cristo, porque a Maria, a Rdenção foi aplicada antes da morte do Senhor.
As Sagradas Escrituras nos revelam passagens a esse respeito:
Gn 3,15 : “Porei hostilidade entre ti e a mulher, entre tua linhagem e a linhagem dela. Ela te esmagará a cabeça e tu lhe ferirá o calcanhar”.
Lc 1,28 : “Alegra-te cheia de graça, o Senhor está contigo”.
Lc 1,42 : “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre!”

4 - A Assunção de Maria.
O Papa Pio XII, na Bula “Munificentissimus Deus”, de 1 de novembro de 1950, proclamou solenemente o dogma da assunção de Maria ao céu: “Pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que a Imaculada Mãe de Deus, sempre Virgem Maria, cumprindo o curso de sua vida terrena, foi assumpta em corpo e alma à glória celeste”. (Dz. 2333).

A Virgem Maria foi assumpta ao céu imediatamente depois que acabou sua vida terrena; seu Corpo não sofreu nenhuma corrupção como sucederá com todos os homens que ressuscitarão até o final dos tempos, passando pela decomposição.
O essencial do dogma é que a Virgem Maria foi levada ao céu em corpo e alma, com todas as qualidades e dotes próprios da alma dos bem-aventurados e igualmente com todas as qualidades próprias dos corpos gloriosos.
Se entende melhor tudo ao recordar:
- Maria foi isenta de pecado original e atual.
- Teve a plenitude da graça.
Fundamentos desse dogma:
Desde os primeiros séculos foi um sentir unânime da fé do povo de Deus, dos cristãos. Os Santos Padres e Doutores, manifestaram sua fé nesta verdade:
• São João Damasceno (séc.VII): “Convinha que aquela que no parto havia conservado a íntegra de sua virgindade, conservasse sem nenhuma corrupção seu Corpo, depois da morte”.
• São Germano de Constantinopla (séc. VII): “Assim como um filho busca estar com a própria Mãe, e a Mãe anseia viver com o filho, assim foi justo também que Tu, que amavas com um coração materno a Teu Filho, Deus, voltasses a Ele”.
A assunção de Nossa Senhora foi transmitida pela tradição escrita e oral da Igreja. Ela não se encontra explicitamente na Sagrada Escritura, mas está implícita.
Nossa Senhora quando terminou a sua missão aqui na terra tinha por volta de 72 anos, conforme a opinião mais comum.
A sua “morte” foi suave, chamada de “dormição”.
Quis Nosso Senhor dar esta suprema consolação à sua Mãe Santíssima e aos seus apóstolos e discípulos que assistiram a “dormição” de Nossa Senhora, entre os quais se sobressai S. Dionísio Aeropagita, discípulo de São Paulo e primeiro Bispo de Paris, o qual nos conservou a narração desse fato.
Diversos Santos Padres da Igreja, contam que os Apóstolos foram milagrosamente levados para Jerusalém na noite que precedera o desenlace da Bem-Aventurada Virgem Maria.

 

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QUAL A DIFERENÇA ENTRE "ANULAR UM MATRIMÔNIO" E "DECLARAR NULO UM MATRIMÔNIO"?

 
Quando o assunto é o Sacramento do Matrimônio, a doutrina da Igreja age com muito rigor e atenção; ela tem como base os ensinamentos do seu Divino Fundador além da responsabilidade, cada vez maior, de ser a guardiã do Matrimônio tal qual como foi concebido, preservando a pureza e genuinidade do sacramento. A Exortação Apostólica Familiaris Consortio é um documento que aborda o tema de maneira muito objetiva e didática ao declarar que:

É dever fundamental da Igreja reafirmar vigorosamente… a doutrina da indissolubilidade do matrimônio: a quantos, nos nossos dias, consideram difícil ou mesmo impossível ligar-se a uma pessoa por toda a vida e a quantos, subvertidos por uma cultura que rejeita a indissolubilidade matrimonial e que ridiculariza abertamente o empenho de fidelidade dos esposos, é necessário reafirmar o alegre anúncio da forma definitiva daquele amor conjugal, que tem em Jesus Cristo o fundamento e o vigor (cf. Ef 5,25).
Radicada na doação pessoal e total dos cônjuges e exigida pelo bem dos filhos, a indissolubilidade do matrimônio encontra a sua verdade última no desígnio que Deus manifestou na Revelação: ele quer e concede a indissolubilidade matrimonial como fruto, sinal e exigência do amor absolutamente fiel que Deus Pai manifesta pelo homem e que Cristo vive para com a Igreja…
O dom do sacramento é, ao mesmo tempo, vocação e dever dos esposos cristãos, para que permaneçam fiéis um ao outro para sempre, para além de todas as provas e dificuldades, em generosa obediência à santa vontade do Senhor: “O que Deus uniu, não o separe o homem” (Mt 19,6).
(João Paulo II, Exortação apostólica Familiaris Consortio).

Não é possível anular um matrimônio, até mesmo porque para que algo seja anulado é necessário que este tenha existido ou tenha sido válido. A Igreja não admite a anulação, pois, sempre que o matrimônio é autenticamente realizado, ele se torna indissolúvel, pela sua própria natureza.

No entanto, para que o matrimônio seja declarado nulo é necessária a ocorrência de algum evento que, após o devido processo legal, comprove que essa união, de fato, nunca existiu, seja por conta de: vícios de consentimento; impedimentos dirimentes ou falta de forma canônica na celebração do casamento, em contraposição a todos os sinais aparentes, como o vestido de noiva, testemunhas, damas de honra, fotografias, entre outros.

A diferença entre as duas expressões é de extrema importância, há uma clara distinção apesar de a língua, talvez, servir como um obstáculo para a compreensão, uma vez que esta acaba aproxima os dois conceitos:

“Anular um matrimônio”, se fosse possível, significaria tornar inválido um casamento cujo qual haveria preenchido todos os requisitos que o elevaria a condição de sacramento, isso se aproximaria do conceito de divórcio.

“declarar nulo um matrimônio” é o ato mediante o qual a autoridade competente, após o devido processo legal, emite uma declaração afirmando que aquele matrimônio nunca teve valor jurídico, nunca existiu, nunca preencheu os requisitos necessários para que ele fosse elevado a dignidade de sacramento.

Por: George Antunes de Abreu Magalhães
Advogado Canônico
Tribunal Eclesiástico Interdiocesano de Niterói
georgemagalhaes@gmail.com

Fonte: Artigo reproduzido do site www.presbiteros.com.br


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OS CINCO MANDAMENTOS DA IGREJA CATÓLICA

P: Quais são os Cinco Mandamentos da Igreja

R: Uma coisa que muitos católicos não sabem – e por isso não cumprem – é que existem os "Cinco Mandamentos da Igreja", além dos  “Dez Mandamentos” conhecidos.
É preciso entender que Mandamento é algo obrigatório para todos os católicos, diferente de recomendações, conselhos, entre outros.
Cristo deu poderes à Sua Igreja a fim de estabelecer normas para a salvação da humanidade.
Ele disse aos Apóstolos: "Quem vos ouve a mim ouve, quem vos rejeita a mim rejeita, e quem me rejeita, rejeita Aquele que me enviou" (Lc 10,16).
E prossegue: “Em verdade, tudo o que ligardes sobre a terra, será ligado no céu, e tudo o que desligardes sobre a terra, será também desligado no céu.” (Mt 18,18)
Então, a Igreja legisla com o "poder de Cristo", e quem não a obedece, não obedece a Cristo, e conseqüentemente a Deus Pai.
De modo que para a salvação do povo de Deus, a Igreja estabeleceu cinco obrigações que todo católico tem de cumprir, conforme ensina o Catecismo da Igreja Católica (CIC).
Este ensina: "Os mandamentos da Igreja situam-se nesta linha de uma vida moral ligada à vida litúrgica e que dela se alimenta. O caráter obrigatório dessas leis positivas promulgadas pelas autoridades pastorais tem como fim garantir aos fiéis o mínimo indispensável no  espírito de oração  e no  esforço moral,  no crescimento do amor de Deus  e  do próximo." (CIC - §2041)
Note que o Catecismo diz que isso é o "mínimo indispensável" para o crescimento na vida espiritual dos fiéis.
Podemos e devemos fazer muito mais, pois isso é apenas o mínimo obrigado pela Igreja.
A Igreja sabe, como Mãe, que tem filhos de todos os tipos e condições, portanto, fixa, sabiamente, apenas o mínimo necessário, deixando que cada um, conforme a sua realidade, faça mais. E devemos fazer mais, pois quando chegarmos na presença de Deus no juízo final, com certeza Ele não nos perguntará sobre o mínimo que fizemos em nossa vida aqui na terra, pois isso é obrigação de todo cristão católico, mas, perguntará sobre o que fizemos a mais, sobre o que fizemos além do que é o básico para o católico. E o que você terá para apresentar ao Senhor?

São os seguintes os 5 Mandamentos da Igreja:


1º – "Participar da missa inteira nos domingos e outras festas de guarda e abster-se de ocupações de trabalho".
O primeiro mandamento da Igreja, ordena aos fiéis que santifiquem o dia em que se comemora a ressurreição do Senhor, e as festas litúrgicas em honra dos mistérios do Senhor, da santíssima Virgem Maria e dos santos, em primeiro lugar participando da celebração eucarística, em que se reúne a comunidade cristã, e se abstendo de trabalhos e negócios que possam impedir tal santificação desses dias (Código de Direito Canônico-CDC , cân. 1246-1248) e  (CIC - §2042).
Nos diz o (CIC - §1389)  sobre a  Missa no Domingo:  A igreja obriga os fiéis a “participar da divina liturgia aos domingos e nos dias festivos” ou ainda com maior freqüência, e até todos os dias.

Por que  O Domingo:
A participação na santa missa do "Dia do Senhor" ou dos dias santos de guarda é um dever obrigatório para todo cristão batizado, porque Jesus ressuscitou dentre os mortos “no primeiro dia da semana.” (Mc 16,2) .
-"Por que buscais entre os mortos Aquele que está vivo? Não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos de como Ele vos disse, quando ainda estava na Galiléia" (Lucas 24, 5-6)
Enquanto primeiro dia, o dia da Ressurreição de Cristo lembra a primeira criação.
Enquanto sétimo dia, que segue ao sábado, significa a nova criação inaugurada com a Ressurreição de Cristo.
Para nós cristãos, o Domingo se tornou o primeiro de todos os dias, a primeira de todas as festas, “o Dia do Senhor”.
A santa missa é o Santo Sacrifício de Cristo que foi consumado no Calvário, sendo renovado e celebrado do nascer ao pôr-do-sol em todo o mundo pela salvação da humanidade. Faltar à missa aos domingos e dias santos sem nenhum motivo que impeça de assisti-la ou de ir até o Templo do Senhor é considerada falta grave pela igreja, ficando portanto, o fiel cristão impedido de receber a comunhão ou eucaristia.
O domingo, dia em que por tradição apostólica se celebra o Mistério Pascal, deve ser guardado em toda a Igreja como dia de festa de preceito por excelência. (CIC - §2177)
Em casos especiais de impedimento de se participar da missa no domingo, a Igreja aceita que se participe da missa do sábado anterior, desde que após as 18:00h (pois assim a liturgia é a mesma da do domingo)

Os Dias Santos de Guarda
Com obrigação de participarmos da missa, são esses, os dias Santos de Guarda, além dos domingos, conforme (CDC, cân. 1246,1; n. 2043 após nota 252) e (CIC - §2177):

1 -  o dia do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo,  (25 de dezembro)

2 - da Epifania   (6 de janeiro)  (No Brasil: 1º Domingo do Ano Novo)

3 - Páscoa   (data variável) (primeiro domingo depois da 1ª Lua cheia após o equinócio do hemisfério Norte) (data de referência para várias festas e solenidades da Igreja) FESTA  DAS FESTAS.

4 - da Ascensão (domingo),   (data variável) (40 dias após a Páscoa) (7º domingo da Páscoa) (6º domingo depois do domingo de Páscoa)

5 - do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo (Corpus Christi),  (data variável) (quinta-feira depois da oitava de pentecostes) (quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade)

6 - de Santa Maria Mãe de Deus   (1º de janeiro),

7 - de sua Imaculada Conceição   (8 de dezembro)

8 - e Assunção de Nossa Senhora,   (15 de agosto ou Terceiro domingo de agosto)

9 - de São José   (19 de março),

10 - dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo ,  (29 de junho ou domingo seguinte)

11 - e por fim, de Todos os Santos   (1º domingo de novembro)

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: O cristão católico deve abster-se de todo tipo de ocupação de trabalho ou seja ela qual for, que o impeça de participar das missas aos Domingos e Dias Santos de Guarda.


2º - "Confessar-se ao menos uma vez por ano".
O segundo mandamento prescreve que o cristão batizado deve confessar-se ao menos uma vez por ano, mas como o gênero humano tem uma natureza, digamos, “corrupta” devido a herança do pecado original cometido pelos primeiros pais (Adão e Eva) no início da criação, o espírito necessita de uma "limpeza espiritual" constante para não acumular muitas faltas ou pecados graves (mortais) que comprometem a salvação da alma. E é através do sacramento da reconciliação ou confissão sacramental que a Igreja de Cristo proporciona ao homem a reconciliação com Deus e com os irmãos, libertando dos males espirituais com o perdão dos pecados. "Se vossos pecados forem escarlates, tornar-se-ão brancos como a neve! Se forem vermelhos como a púrpura, ficarão brancos como a lã!" (Isaías 1, 18).
A confissão assegura a preparação para a Eucaristia pela recepção do Sacramento da Reconciliação, que continua a obra de conversão e perdão do Batismo (CDC, cân. 989).
É claro que é pouco se confessar uma vez ao ano, seria bom que cada um se confessasse ao menos uma vez por mês, pois fica mais fácil de se recordar dos pecados e de ter a graça para vencer as tentações.


3º - "Receber o sacramento da Eucaristia ao menos pela Páscoa da ressurreição" 
Comungar ao menos pela Páscoa ou "fazer a Páscoa" como prescreve a igreja, é cumprir um dever muito antigo que já fazia o Povo de Deus do Antigo Testamento. Celebrar a Páscoa recebendo a comunhão ou eucaristia significa o encontro e comunhão com Jesus Cristo que liberta de todo o mal, ou seja, é celebrar a libertação ou "passagem" de uma vida de escravidão no pecado para uma vida nova com Cristo.
O período pascal vai da Páscoa até festa da Ascenção e garante um mínimo na recepção do Corpo e do Sangue do Senhor em ligação com as festas pascais, origem e centro da Liturgia cristã (CDC, cân. 920).
Também é muito pouco comungar ao menos uma vez ao ano. A Igreja recomenda (não obriga) a comunhão diária.


4º - "Jejuar e abster-se de carne, conforme manda a Santa Mãe Igreja" 
(No Brasil isso deve ser feito na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa).
Este jejum consiste em um leve café da manhã, um almoço leve e um lanche também leve à tarde, sem mais nada no meio do dia, nem o cafezinho. O católico deve abster-se totalmente de carne, qualquer que seja ela.
Quem desejar, pode fazer um jejum mais rigoroso; o obrigatório é o mínimo.
Os que já tem mais de sessenta anos estão dispensados da obrigatoriedade, mas podem fazê-lo se desejarem.
Diz o Catecismo que o jejum "Determina os tempos de ascese* e penitência que nos preparam para as festas litúrgicas; contribuem para nos fazer adquirir o domínio sobre nossos instintos e a liberdade de coração (CDC, cân. 882) e  (CIC - §2043)


A as­ce­se é a prática da renúncia ao prazer ou mesmo a não satisfação de algumas 
necessidades primárias / é um processo de santificação pessoal / mortificação / 
Ascese cristã é o esforço que fazemos para dominarmos os nossos sentidos, 
corrigirmos as nossas más tendências e vivermos um processo de libertação interior. 
A Igreja propõe aos fiéis co­mo algumas das práticas ascéticas, o jejum e a 
abs­ti­nên­cia, penitenciais, Louvor, Adoração ao Senhor.

Exemplo: A prática do jejum/mortificações, sempre foi uma forte arma de ascese
de penitência e de combate espiritual na história da salvação


5º - "Ajudar a Igreja em suas necessidades" 
Os cinco mandamentos ou preceitos da Igreja Católica, na sua forma atual, foram promulgados em 2005 pelo Papa Bento XVI, quando suprimiu o termo "dízimos" do quinto mandamento (que era: “pagar dízimos conforme o costume”), cujo sentido real era, obviamente, uma contribuição segundo as possibilidades de cada um, e não uma taxação ou imposto sobre os rendimentos.
O quinto mandamento recorda aos fiéis que devem ir ao encontro das necessidades materiais da Igreja, cada um conforme as próprias possibilidades (CDC, cân. 222).
Não é obrigatório que o dízimo seja de 10% do salário, nem o Catecismo, nem o Código de Direito Canônico obrigam esta porcentagem, mas é bom e bonito se assim o for, pois a própria palavra “dízimo” representa “10%”, ou a “décima parte”.
As Sagradas Escrituras fazem menção ao dízimo em diversas passagens do A.T. e do N.T., relacionando-o em algumas passagens a “décima parte”. Vejamos:
A.T.
-“Honra ao Senhor com os teus bens, e com as primícias de toda a tua renda.” (Pr 3,9)
- “Todos os dízimos da terra, tanto dos produtos da terra como dos frutos das árvores, pertencem ao Senhor; é coisa consagrada ao Senhor.” (Lv 27,30) Ou ainda “Em todo dízimo de gado graúdo ou miúdo, a décima parte de tudo que passa sob o cajado do pastor é coisa consagrada ao Senhor.” (Lv 27,32)
- “Cada qual oferecerá conforme puder, conforme a bênção que o Senhor teu Deus lhe houver dado.” (Dt 16,17)
- “Tributai ao Senhor a glória devida ao seu nome; trazei oferendas, e entrai nos seus átrios.” (Sl 96,8)
N.T.
- “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, que pagais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, mas tendes omitido o que há de mais importante na lei, a saber: a justiça, a misericórdia e a fidelidade; estas coisas, porém, devíeis fazer, sem omitir aquelas.” (Mt 23,23)
- “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, nem por constrangimento; porque Deus ama ao que dá com alegria.” (2Cor 9,7)
- “Ora, os filhos de Levi, chamados ao sacerdócio, devem , segundo a Lei, estabelecer o dízimo para o povo, esto é, para os seus irmãos, conquanto são descendentes de Abraão. (Hb 7,5)

O importante é, como disse São Paulo, dar com alegria, pois “Deus ama aquele que dá com alegria” (cf. 2Cor 9, 7).


CONCLUSÃO:

Caríssimos, tudo o que Deus Pai, Seu Filho Jesus e a Santa Amada Igreja nos coloca como caminho a seguir, sempre foi e será para o nosso próprio bem. Deus e a Sua Igreja nunca vão nos recomendar ou nos mandar fazer algo que seja ruim para nós.
Assim, não nos deve ser nada impossível cumprir com os Mandamentos da Igreja de Cristo e os Seus próprios ensinamentos, como nos deixado nos Evangelhos.
Quem ama, sempre quer o bem do seu amado. Assim, Deus que muito nos ama, quer o nosso bem. Portanto vamos seguí-lo e aos seus Mandamentos, e da Sua Igreja, com alegria e responsabilidade. Pois tudo o que vem de Deus e da Sua Igreja nos aponta para o “Céu”, o nosso destino final.
Demos graças a Deus pela Santa Mãe Igreja que nos guia. O Papa Paulo VI disse que "quem não ama a Igreja não ama Jesus Cristo".
Fiquem todos com a Paz de Jesus Cristo e o Amor de Maria!


REFERÊNCIAS:

- Bíblia de Jerusalém
- Código de Direito Canônico (CDC)
- Catecismo da Igreja Católica (CIC)
- Artigo sobre o tema, do professor Felipe Aquino (Canção Nova)
- Outros artigos sobre o tema.

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O SIM DE FREI CARDOSO A DEUS

            Na sequência dos temas sobre vocação abordados, nesta coluna, hoje, acolheremos o testemunho de um jovem, que decidiu consagrar sua vida definitivamente a Deus, como religioso, em breve, como sacerdote.
            Assim, ao apresentar o chamado do Frei Cardoso, poderemos acompanhar o caminho, por onde Deus o conduziu. Veremos também como Deus “falou” com ele, até confirmá-lo em sua vocação-missão. Ainda, é interessante notar como cada pessoa busca e persegue, incansavelmente, a felicidade. Frei Cardoso a traduz como a busca do inexplicável – Deus.
            Acompanhemos, então, essa história real.
            Francisco das Chagas Oliveira Cardoso, popularmente, conhecido por Frei Cardoso, nasceu em Vargem Grande – MA, no ano de 1980. É o caçula de oito irmãos. Estudou do Jardim à quarta série no Colégio das Irmãs Farinas que o ensinaram a ser gentil e disciplinado. Aos 12 anos, mudou-se para São Luís. Continuou os estudos e concluiu o segundo grau. Em 1996, foi convidado, pela primeira vez, a visitar um seminário, o do Sagrado Coração de Jesus. Ao entrar naquele espaço teve um grande impacto. Todo aquele ambiente enchia seu coração de felicidade, de uma alegria inexplicável.
            Tornou-se vocacionado, naquele ano, e embora desejasse não foi admitido para ingressar. O padre Luis Carlos que o acompanhava, percebendo nele sinais de vocação e também a pureza, pediu-lhe que realizasse uma experiência de namoro e trabalho. O coração de Francisco ficou partido e, em lágrimas, se despediu do Senhor, pois se achava indigno de ser seu discípulo.
           O tempo passou, e Francisco começou a trabalhar e namorar. Gostava da moça. Tudo era uma maravilha. Mas um concurso lhe garantiu um emprego melhor e o retorno à sua terra natal. Com isso, experimentou uma distância física entre ele e a namorada. Em Vargem Grande, aos poucos, Francisco foi se engajando na Igreja e a alegria que sentira outrora no Seminário SCJ voltara de novo. Ele passou a dedicar-se às missões na zona rural e foi surpreendido, numa comunidade, com uma senhora que, mesmo sem conhecê-lo, afirmou que ele seria Padre.
           Isso o tocou. Pois, desde que se despedira do Senhor, por achar-se indigno, Francisco nunca mais voltara ao seminário. Nem queria falar do assunto, pois isso o fazia sofrer. Contudo, a voz daquela mulher não mais saia de sua mente...
Sentindo-se inquieto, decidiu pedir ajuda ao seu pároco. Pe. Vicente afirmou que Deus estava lhe chamando e que o tempo era agora. Francisco, entretanto, o repreendeu afirmando que não queria mais. Convicto, o Padre afirmou-lhe que suas palavras eram pronunciadas somente pelos lábios, pois seu coração dizia que “SIM”.
           O padre acertara. Francisco tornou-se vocacionado diocesano. Mas, antes decidiu terminar o namoro, embora gostasse muito de sua namorada. Decisão difícil! Ela sonhava em casar-se e não queria desistir dele. Contudo, Francisco foi se desligando até perderem o contato. Em seguida, conheceu Frei Macapuna, um homem de Deus. Este religioso causou-lhe admiração com seu jeito sereno e entusiasta. Francisco perguntou-lhe a que ordem pertencia. Respondeu-lhe que era dos “Frades Menores Capuchinhos”, e convidou-o para conhecê-los.
            Após essa visita aos Capuchinhos, tornou-se vocacionado dessa ordem. Em 2001 fez o concurso público municipal e passou. Idem, em 2002, atingiu boa colocação no vestibular da Universidade Federal do Maranhão. Sua família estava feliz com o êxito de Francisco. Ele, porém, como vocacionado, participou da semana vocacional de admissão e disse “SIM”. Deixando tudo entrou no Convento dos Frades Menores Capuchinhos, em 01/ 03/ 2003.
          No dia 06/01/2006, realizou-se sua Profissão Simples. Sua entrega, de modo total e definitivo nas mãos de Deus, por meio de sua Profissão Perpértua, será em 05/ 08/ 2011.
          Desse modo, Francisco, ou melhor, Frei Francisco Cardoso foi chamado e conduzido ao amadurecimento da sua resposta a Deus. Parabéns, Frei Cardoso! E, obrigada por partilhar sua vocação conosco. Seu exemplo é luz para muitos jovens que também desejam responder sim a Deus e seguir o chamado sublime do Senhor.

Para refletir aprofundar, rezar e vivenciar
1.      Qual foi a parte do chamado de Francisco tocou fundo em seu coração?
2.      Em que o sim dele lhe inspira na sua resposta a Deus?
                                                                                           Ir. Lourdes Silva, fsp (08/08/2011)

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O CHAMADO DE SAMUEL

         No artigo anterior, Você também é chamado, publicado nesta coluna, ficou claro que a palavra vocação vem do verbo latino VOCARE que significa chamar. O tema de hoje, a vocação de Samuel ilustra e amplia o alcance do conceito vocação, apresentando outros aspectos presentes na dinâmica vocacional. Sobretudo, a narrativa da vocação de Samuel, ressalta a força insistente do chamado de Deus a Samuel e sua missão especifica (cf.1Sm 3,1-13).
          1 O jovem Samuel servia ao Senhor, sob as ordens de Eli. A palavra do Senhor se manifestava raramente nesse tempo e as visões não eram freqüentes. 2 Certo dia, Eli estava deitado em seu quarto. Seus olhos começavam a enfraquecer e ele não podia enxergar. 3 A lâmpada do santuário ainda não tinha sido apagada e Samuel estava deitado no santuário do Senhor, onde se encontrava a arca de Deus. 4 O Senhor chamou: «Samuel, Samuel». Ele respondeu: «Estou aqui». 5 Ele foi correndo para junto de Eli e disse: «Estou aqui. O senhor me chamouEli respondeu: «Não, eu não chamei você. se deitar». Samuel foi se deitar, 6 e Senhor o chamou outra vez. Samuel se levantou, foi até onde Eli estava, e lhe disse: «Estou aqui. O senhor me chamouEli respondeu: «Não chamei você, meu filho. se deitar». 7 Samuel ainda não conhecia o Senhor, e a palavra do Senhor ainda não lhe tinha sido revelada. 8 O Senhor tornou a chamar Samuel pela terceira vez. Samuel se levantou, foi onde Eli estava, e lhe disse: «Estou aqui. O senhor me chamouEntão Eli percebeu que era o Senhor quem estava chamando o menino. 9 E disse a Samuel: « e fique deitado. Se alguém chamar você de novo, diga: ‘Fala, Senhor, que o teu servo escuta’ «. E Samuel foi se deitar no seu lugar. 10 O Senhor se apresentou e o chamou como antes: «Samuel, Samuel». Então Samuel respondeu: «Fala, que o teu servo escuta». 11 O Senhor disse a Samuel: «Olhe. Vou fazer uma coisa em Israel que vai ficar zunindo no ouvido de todos os que a ouvirem. 12 Nesse dia, vou executar contra Eli e sua família tudo o que anunciei, do começo até o fim. 13 Comunique a Eli que estou condenando a família dele para sempre, porque ele sabia que seus filhos desonravam a Deus e não os repreendeu.
        Nessa bela e envolvente narrativa, alguns elementos emergem e tocam fundo nosso coração, permitindo-nos aprofundar o sentido de vocação. A própria sequência do texto vai acendendo luzes à nossa compreensão. Vale a pena acompanhá-la.
         Começando pelo primeiro versículo, que informações temos aí?  Ele apresenta os personagens centrais, situando-os num tempo e espaço definidos: 1 “O jovem Samuel servia ao Senhor, sob as ordens de Eli”. Tal informação não é isolada, pois se voltarmos aos dois capítulos iniciais do Primeiro livro de Samuel, veremos que desde pequenino Samuel fora entregue a Eli e, junto dele, servia ao Senhor no santuário de Silo.
         O texto também evidencia os principais personagens: Deus e a pessoa. Cabe a Deus o papel referencial. É ele que sempre que toma a iniciativa de chamar! Seu chamado é forte. Mexe estruturalmente com a pessoa vocacionada e a coloca numa atitude de atenção e disponibilidade à “voz” que lhe chama; mesmo que a pessoa não saiba identificar a origem do chamado nem conheça a voz de Deus. Foi exatamente isso que aconteceu com o jovem Samuel. Mas, diante desse impasse entra em cena um terceiro personagem: Eli. Sendo uma pessoa experiente na escuta e no serviço do Senhor, Eli compreendeu que era o Senhor quem chamava Samuel e o orienta como proceder para responder pessoalmente ao chamado que estava ouvindo. Ele disse a Samuel: “Vá..., se alguém chamar você de novo, diga: ‘Fala, Senhor, que o teu servo escuta’”.  Samuel agiu conforme Eli lhe orientou. Pôs-se à escuta do Senhor, ouviu-o e dele recebeu uma missão particular. Como profeta, Samuel seria porta-voz de Deus para comunicar ao próprio Eli a dura sentença que executaria condenando a família de Eli, porque ele sabia que seus filhos desonravam a Deus e não os repreendeu.
Para refletir aprofundar, rezar e vivenciar                             
O que chamou sua atenção na vocação de Samuel?
Como atualizar a mensagem do chamado de Samuel para hoje?
                                                                                                        Ir.LourdesSilva, fsp (25/07/2011)


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VOCÊ TAMBÉM É CHAMADO
  
O artigo Vocação x Profissão publicado nesta coluna, evidenciou um horizonte de sentido comum e a distinção presente  nesses dois termos. Nota-se que ambos partem de um chamado existencial. Trata-se, pois, de uma realidade vital que “clama” dentro da pessoa, expressando-se num desejo firme, traduzido por afirmações desse tipo: - É isso que quero para minha vida!  É isso que sempre quis para minha vida!
Tais expressões refletem um impulso que disponibiliza e leva a pessoa responder prontamente à sua vocação. Seja no aspecto profissão ou da vocação.
Buscando identificá-los, percebe-se que ambos envolvem tendências e aptidões pessoais natas, que se desenvolvem na entrega livre e no trabalho dedicado da pessoa ao próximo. Contudo, a diferença entre esses dois aspectos vem do retorno visado nas respectivas respostas dos (as) vocacionados(as). Assim, na perspectiva profissional, além do gosto e da atração por tal área de ação, no serviço ao próximo, a pessoa busca o retorno financeiro, como fonte de sobrevivência. Já na perspectiva vocacional, com os dons e as inclinações pessoais, o que se busca é pôr-se a serviço do bem maior, do próximo pela doação total, gratuita, solidária e efetiva de si. Não entra aqui o enfoque do retorno econômico, mas a doação total da pessoa vocacionada, como forma de retribuir ao amor primordial de Deus presente na vida de cada homem e de cada mulher.
Certamente você conhece pessoas que vivem sua vida nessa dimensão da total doação ao outro, inspiradas no que ensinou o próprio Jesus: Eu não vim para ser servido, mas para servir e dar a minha vida em resgate de todos (Mc 10, 44).
No artigo já referido anteriormente foram citados alguns exemplos para ilustrar esses dois aspectos do chamado: vocação e profissão. Você poderá enriquecê-los acrescentando nomes de outras pessoas que vivem sua opção de vida por uma causa, identificando o que caracteriza o chamado e a resposta de cada uma delas. Tente listá-las e você descobrirá a força da doação, que traduz o essencial de toda vocação e o que leva alguém a mover-se por uma causa. Não se esqueça de iniciar sua lista pelo nome Jesus.
Diante dessa abordagem ampla da vocação enquanto vocação ou profissão, uma pergunta fundamental persiste, mas o que é VOCAÇÃO? Qual é o seu significado?  
Para responder e explicitar melhor o sentido da palavra vocação é importante partir de sua etimologia. Segundo o Dicionário Novo Aurélio, vocação = vocatione. Vem do latim vocare. Significa ato de chamar. Vocação pode ser entendida ainda como escolha, chamamento, tendência, disposição. 
Eis, pois o sentido amplo do termo vocação. Sua abrangência abarca outras realidades de chamado. (Oportunamente, elas serão publicadas nesta coluna).
Concluindo, vale lembrar que o primeiro chamado, a vocação fundamental de cada pessoa é o chamado à vida. E à vida com qualidade, como afirma Jesus: Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância (Jo 10,10). Enfim, é nesta perspectiva da vida que encontramos o projeto de Deus. Você está disposto(a) a acolhê-lo?

Para refletir aprofundar, rezar e vivenciar
                             
  1. Que sentido vocação e profissão têm no seu sentir e agir cotidianos?
  2. E você a que se sente chamado?

(Aguarde o próximo artigo: A vocação de Samuel)
                                                                                                  Ir. Lourdes Silva, fsp(11/07/2011)
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Paulinas e Você...

No ultimo mês de junho as irmãs Paulinas, comemoram os seus 96 anos de existência no mundo, e 80 anos de Brasil. Longos anos de evangelização a serviço da vida, proclamando a todos os valores que estão incutidos no Evangelho de Jesus. É uma data especial porque as irmãs Paulinas recordam e renovam a missão carismática, que o fundador da congregação Padre Tiago Alberione recebeu de Jesus Eucaristia. A partir desse fato, transformou a vida dele e a vida de muitas pessoas que foram seus seguidores, desejando seguir o mesmo ideal de vida.
Esse ideal de vida se deu na passagem do século XIX para o século XX. Na noite de 31 de dezembro de 1900, numa oração prolongada feita diante do Santíssimo, Pe. Tiago Alberione ouviu o forte chamado de Deus para fazer algo pelas pessoas do novo século, utilizando os meios de Comunicação Social. Que o novo século encontrasse em Cristo o verdadeiro sentido da vida, porque só Nele está a Verdade, o Caminho e a Vida.
                Tudo mudou com essa experiência de fé do Pe. Tiago Alberione. Não temos noção de quantas pessoas encontraram os valores e foram despertadas pela proposta de Jesus, e hoje continuam sendo tocadas pela mesma missão, porque o pano de fundo da Missão Paulina é tornar conhecido o Evangelho.  Por isso, nós Irmãs Paulinas temos como carisma de evangelizar com os meios de Comunicação Social para que a mensagem de Jesus chegue a todos.
                E um desses meios que utilizamos para ser canal de luz é a livraria, forte expressão de evangelização, que se torna ponto central da missão paulina. Utilizamos os livros para transmitir os valores humanos, cristãos, éticos etc.. Como diz Pe. Alberione: “A livraria é uma Igreja, um templo, onde se irradia a luz de Cristo”.
                E dessa forma é que acontece a transformação: de mentalidade, de atitude, de uma conscientização critica dos valores que a sociedade empoe como valores absolutos, e outras possibilidades que o livro fornece a cada leitor. Nós irmãs Paulinas, cremos que o livro tem uma força transformadora na vida das pessoas. Seja por meio de um livro de espiritualidade, psicologia, auto-ajuda, filosofia, teologia, educação infantil, pedagogia etc., são esses meios de ecoar valores construtivos na sociedade e na vida das pessoas. Sejam essas temáticas e outras que vão sempre de encontro com a realidade do leitor.
                Assim se concretiza a missão das irmãs Paulinas que estão presentes nos cinco continentes do mundo, levando a missão que foi dada ao Pe. Tiago Alberione de proclamar a Palavra de Deus a todas as pessoas, servindo-se dos meios de comunicação social, os atuais e os que o progresso ainda vai inventar.
                Aqui no Pará, temos essa possibilidade de vivenciar a missão, com a Livraria Paulinas em Belém, que não está à margem de todas essas transformações contamos agora com um blog e as redes sociais (facebook) para propagar a mensagem de Jesus, Caminho, Verdade e Vida dando auxilio a professores e a comunidade como um todo. Sendo mais forma da Paulinas Estar mais perto da sociedade.      

Ir. viviane Rodrigues, fsp (07/07/2011)


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Na sintonia do coração...

2.   VOCAÇÃO X PROFISSÃO 

É comum ouvir de pessoas bem sucedidas, felizes e realizadas em suas vidas expressões ou frases como esta: - É isso que sempre quis para minha vida! Outras vezes, a mesma afirmação vem de adolescentes ou jovens: - É isso que quero para minha vida!
O que está por trás dessas expressões?
Pode-se perceber nelas que toda pessoa, mesmo que ainda não seja um adulto, consegue sintonizar-se com o seu querer existencial que, geralmente, evidencia uma aptidão inata que orienta para aquilo que ela abraçará, como profissão ou como vocação. Ainda que sejam distintos, profissão e vocação, em alguns casos, assumem um sentido comum apontando para uma inclinação ou tendência natural, tipo, “nasci para isso”, que se concretizará, de fato, na vida dessas pessoas, como ilustram os exemplos que seguem.
Janete nasceu e cresceu no interior do Estado do Pará. O grande sonho de sua vida era fazer odontologia. Para realizá-lo, desde cedo, ela levou a sério os estudos. Completou-os na capital. Mesmo assim, a concorrência do vestibular foi cruel. Após duas tentativas, sem conseguir a pontuação necessária, familiares e amigos quiseram interferir na sua opção, sugerindo-lhe outro curso, menos procurado. Janete, porém, sempre se manteve firme dizendo: “Não é isso que quero. Farei odontologia”.   
Na quarta tentativa, passou no vestibular, abraçou o curso, tornando-se uma excelente profissional. Além de sua clientela do consultório, ela assumiu também um trabalho voluntário para ajudar as pessoas carentes de sua comunidade.
Idêntica firmeza de vontade e decisão é encontrada na vida da religiosa e missionária paulina, Verônica Kovalski, brasileira, gaúcha, filha de imigrantes poloneses. Ela morreu no dia 10 de janeiro de 2011, na República Democrática do Congo, após dedicar 52 anos de sua vida à missão em terras congolesas.
Verônica era a caçula de cinco irmãos.  Desde pequena, mostrou-se uma pessoa determinada. Aos 6 anos dizia que quando fosse grande ela caminharia pelo mundo. Certa vez ela viu uma reportagem sobre a África, numa revista. Focava o perfil de um jovem. Ele ligava para outro jovem no Brasil e dizia: “Vocês estão bem porque comem carne, nós só chupamos osso”. E ela disse para a mãe: “É para lá que eu vou”. (Informou sua irmã mais velha, relatando algo sobre a paixão de Verônica pela Africa).
Aos 20 anos, tornou-se religiosa na congregação das Irmãs Paulinas e foi enviada para a África. Ficou felicíssima! No Congo, foi uma verdadeira missionária. Era sensível à situação do povo. Compartilhou com eles sua vida. Doou-se até o fim como uma vela que vai queimando, iluminando, enquanto se desgasta por amor. Sua memória permanecerá para sempre no coração daquele povo. 
Concluindo, pergunta-se: o que evidencia essa dupla identificação: a de Janete, ligada à sua realização profissional e a de Verônica, à sua total dedicação na vida missionária? – Os dois casos ressaltam sinais de vocação. Em cada um deles, a pessoa envolvida encontra a si mesma, a sua essência. Ora, diante de uma profissão; ora de uma causa. E, ambas decidem a abraçá-las, por opção e vocação, com liberdade. O primeiro visa também o retorno profissional; já o segundo, opta-se pela vocação religiosa, na total gratuidade e entrega de si. Convictas, avançam, superam dificuldades até realizar o projeto que Deus que ressoa em seus corações.
                                                                                            Ir. Lourdes Silva, fsp (04/07/2011)  


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O CHAMADO DE MARIA (L c 1,26-38)

            Quando pensamos ou falamos em VOCAÇÃO, é importante ir à fonte: Maria! A mulher escolhida por Deus para associá-la à obra de salvação do gênero humano de forma mais íntima e fecunda. Em Maria fica explícito que, embora não precisasse, Deus quis precisar de nós, homens e mulheres para colaborar com ele no plano redentor.

          Por outro lado, fica claro também que Maria não rouba a cena principal nesse projeto. Essa é reservada a Jesus. Ela, na sua humildade, sabe qual é o seu lugar e nele permanece como a serva do Senhor (L c 1,38). Conforme o nº 292 do Doc. de Puebla: No plano de Deus, Maria em tudo se refere a Cristo e em tudo depende dele.  De Nazaré a Jerusalém ou da anunciação à ascensão, Maria está a serviço do Filho de Deus.

              Essa entrega generosa e humilde de Maria tornou-se a condição propicia à ação do Espírito Santo, gerando Jesus em seu seio. Realizou-se, assim, a união da terra e do céu. Agraciada e plenamente agradecida à ação de Deus em sua vida, Maria mantém sua humildade e exalta o poder infinito do alto que nela realizou maravilhas: a encarnação de Jesus, o Salvador.

A narrativa bíblica da anunciação evidencia esses elementos, citados anteriormente.

26 No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia chamada Nazaré. 27 Foi a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José, que era descendente de Davi. E o nome da virgem era Maria. 28 O anjo entrou onde ela estava, e disse: «Alegre-se, cheia de graça! O Senhor está com você29 Ouvindo isso, Maria ficou preocupada, e perguntava a si mesma o que a saudação queria dizer. 30 O anjo disse: «Não tenha medo, Maria, porque você encontrou graça diante de Deus. 31 Eis que você vai ficar grávida, terá um filho, e dará a ele o nome de Jesus. 32 Ele será grande, e será chamado Filho do Altíssimo. E o Senhor dará a ele o trono de seu pai Davi, 33 e ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó. E o seu reino não terá fim34 Maria perguntou ao anjo: «Como vai acontecer isso, se não vivo com nenhum homem35 O anjo respondeu: «O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Altíssimo a cobrirá com sua sombra. Por isso, o Santo que vai nascer de você será chamado Filho de Deus. 36 Olhe a sua parenta Isabel: apesar da sua velhice, ela concebeu um filho. Aquela que era considerada estéril, faz seis meses que está grávida. 37 Para Deus nada é impossível38 Maria disse: «Eis a escrava do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra.» E o anjo a deixou.

            Ainda, esse texto ressalta que, na origem do chamado de Maria, como de todo chamado, está o protagonismo de Deus. Portanto, a iniciativa de chamar é sempre de Alto. À pessoa cabe a liberdade da resposta. Assim, pronta, generosa e corajosamente, Maria disse SI:  «Eis a escrava do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra

Para refletir aprofundar, rezar e vivenciar
                             
1. Qual  foi expressão desse texto alusivo à vocação de Maria mais chamou sua atenção?
2. O que o texto sugere à vivência dos vocacionados(as) de hoje?

                                                                                               Ir. Lourdes Silva, fsp

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Filhas de São Paulo - Apóstolas no Mundo da Comunicação 

           Somos as Filhas de São Paulo, conhecidas como irmãs Paulinas, fazemos parte de uma Congregação religiosa de mulheres consagradas para o anúncio do Evangelho com as novas formas e meios de comunicação. 

O nome "Paulinas", como somos chamadas, vem do Apóstolo Paulo, inspirador de nossa vida e missão. Dele aprendemos o amor ao Evangelho, a abertura a todos os povos, a audácia para atuar em situações sempre novas e desafiadoras. Seguindo os passos de Paulo, assumimos o anúncio do Evangelho como empenho de vida.

Irmãs Paulinas uma Congregação de vanguarda na Igreja 

            A Congregação das Irmãs Paulinas é um espaço de vanguarda na igreja; uma Congregação de carisma moderno, exigente, desafiador. Utilizando a mais avançada tecnologia disponível, desenvolve seu trabalho com os meios de comunicação social. Tem na Igreja a missão de fazer despertar nas pessoas a semente do Evangelho, da Boa Nova de Jesus, por meio da reflexão, da animação, da interação e da ação conscientizadora com esses meios. Certamente você já se deparou muitas vezes com a logomarca das Paulinas e se perguntou: quem estará por detrás deste símbolo? São centenas de mulheres consagradas a Deus, que entregaram a sua vida a serviço de uma mensagem que constrói a paz, que faz a união, que promove a fraternidade: a mensagem cristã, a Boa Nova de Jesus Cristo.

Aqui no Brasil, as Paulinas estão prestando seu serviço à Igreja desde 1931, com a comunicação a serviço da vida, por meio de livros, revistas, pôsteres, cartões, folhetos, discos, DVDs, programas de rádio, televisão e dezenas de outras atividades. Conhecedoras do grande poder da informação como agentes de mudança, elas procuram fazer com que leitor, o ouvinte, o espectador sejam verdadeiramente participantes e atuantes no ato da comunicação, e não simplesmente meros receptores. Sendo a comunicação uma das maiores forças da sociedade hoje, não podemos nos acovardar, nos deixar alienar; é nossa obrigação de cristãos e de cidadãos usar essa força a serviço do bem, da verdade, da vida, da paz. Da felicidade e do bem-estar das pessoas. 

Os tempos mudaram. Os púlpitos, os locais de onde sem proclama a mensagem de Jesus não são, hoje, somente as igrejas, são também os microfones, as câmaras, as rotativas... É a mensagem de Deus, como dizia Alberione, em forma de ondas sonoras, de sulcos magnéticos, de imagens em movimento, de papel impresso e de fibra ótica. Se as pessoas, hoje, não vêm mais às igrejas, a Igreja deve ir até as pessoas, nos modos que a nossa cultura e a nossa sociedade dispõe e aprecia; e esse modo é a TV, o rádio, o jornal, a revista, o livro, a música, o filme, o computador, a internet... Essa foi à grande intuição e ação de Alberione e continua sendo a ação profética de cada Irmã Paulina na Igreja.  E ainda se diz que o ministério do evangelho está reservado aos homens? 

De maneira alguma; muitas mulheres, e entre elas nós, as Paulinas, desenvolvermos nosso estupendo ministério divulgando aos quatro ventos a mensagem libertadora de Jesus.



 
Paulinas no Mundo - Paixão pelas pessoas, respeito pelas culturas.

Desde a fundação (1915) as Irmãs Paulinas - Filhas de São Paulo - procuram moldar sua particular forma de vida religiosa, entendida não como fuga do mundo, mas como serviço ao mundo, não como um fechar-se em atmosfera espiritual, mas como comunidade de fé e de amor, na qual se preparam e se aperfeiçoam para ser "missionárias das metrópoles" e "missionárias universais".

Com as orientações do Padre Alberione e da Irmã Tecla, as Paulinas sonham com os vastos horizontes do mundo da evangelização com a imprensa.

Em 1926, começa o êxodo de Alba para Roma e outras numerosas cidades italianas, para abrir livrarias e difundir livros em domicílio. 

Em 1931, sulcam o oceano rumo ao Brasil, Argentina, Estados Unidos. De decênio em decênio, as chamadas para outros territórios conduzem a Congregação a todos os continentes, estabelecendo-se em muitos centros de evangelização, em 54 países.



 
21 de outubro de 1931 marca a chegada das Paulinas ao Brasil

Irmã Dolores Baldi foi a primeira a chegar em São Paulo, no dia 21 de outubro de 1931. Logo após, em 28 de dezembro do mesmo ano, chegou Irmã Estefanina Cillario vindas da Itália.

Possuidoras de um carisma, de uma herança que nos lança ao encontro dos maiores desafios da modernidade, nós assumimos a comunicação como nosso estilo de vida e com ela crescemos. 

Nascemos com estes grandes desafios da modernidade e com eles vamos enfrentando os tempos: da composição manual à editoração eletrônica, do vinil ao CD, do telefone à internet, dos pontos de venda às livrarias virtuais, de conquistas em conquistas, de avanços em avanços, mas sempre com o mesmo objetivo: viver e comunicar às pessoas a mensagem de vida, de justiça, de liberdade de fraternidade que nos comunicou Jesus. 

Informações mais detalhadas sobre a vida e obra de Irmã Dolores Baldi, pode ser encontrada no livro "Tudo é obra de Deus" de Aparecida Matilde Alves.



 
MULHERES COMUNICADORAS DO EVANGELHO
     Comunidades de comunicadoras

As Filhas de São Paulo - Irmãs Paulinas - vivem em comunidades. A comunidade é o jardim onde as plantas crescem e se fortalecem.

         Na comunidade cresce o entusiasmo por um ideal posto em comum, os projetos são discutidos, as decisões tomadas, os sofrimentos diminuídos e as alegrias partilhadas.  Na comunidade a vida espiritual se revigora e as experiências são colocadas em comum para o crescimento de todas.


Irmã Tecla Merlo e padre Tiago Alberione passaram para as comunidades um estilo de vida alegre, descontraído, simples, laborioso. O trabalho, alicerçado na oração, caracteriza o nosso jeito de ser na Igreja e na sociedade. O dia-a-dia da comunidade paulina é feito de momentos de espiritualidade, comunicação, celebrações, lazer e convivência.


Dizia Tecla Merlo que a alegria de estarmos juntas é como uma seiva vital que produz entusiasmo, serenidade e comunica paz; valores contagiantes no relacionamento com as pessoas. E quando chega o sofrimento, se não podemos estar alegres, podemos, pelo menos estar em paz.



 
Espiritualidade Paulina - Jesus Mestre caminho Verdade e Vida

Gosto de pensar nas flores, de todos os tipos, de todas as cores. Como são belas. As festas de casamento, bodas e aniversário são uma festa para os olhos. Mas, você já reparou no dia seguinte, alguns dias depois o que resta daquele viço, daquela maravilha? As hastes se dobram, as pétalas murcham e a vida se esvai. Falta a relação com o tronco, com as raízes, com a seiva.

Nossa vida se assemelha com a das flores, nós também somos praticamente um jardim e, como elas, se não estamos ligadas ao tronco, podemos fazer algumas maquiagens, alguns reparos, mas vida mesmo que é bom, nada. Jesus é categórico neste ponto; ele diz naquela passagem maravilhosa do capítulo 15 de São João: "Fiquem unidos a mim, e eu ficarei unido a vocês. O ramo que não fica unido à videira não pode dar fruto. Vocês também não poderão dar fruto, se não ficarem unidos a mim. Eu sou a videira, e vocês são os ramos. Quem fica unido a mim, e eu nele, dará muito fruto, porque sem mim vocês não podem fazer nada". 

Padre Tiago Alberione, conhecendo profundamente a Congregação por ele fundada, justamente com a missão de comunicar esta seiva da vida, deu grande importância à espiritualidade. Não basta ser uma grande jornalista, uma profissional perita nas artes da comunicação; se não existir uma chama dentro, uma relação com AQUELE de quem emana e para quem se dirige toda a nossa criatividade, nossa ação não comunicará vida. Se não existir ele, Jesus Cristo, como causa e como motivo do nosso agir, tudo não passará de representação. Jesus Cristo é o sentido da nossa vida e missão.

A espiritualidade de Alberione é uma espiritualidade apostólica: receber e comunicar. Encher-se de Jesus e comunicá-lo às pessoas. Não podemos esperar que as pessoas venham à Igreja, devemos procurá-las em suas casas. Se o povo gosta de revistas, livros, filmes, shows, vamos apresentar a verdade de Jesus em nossas revistas, nossos livros, nossos filmes, na internet na televisão... É importante que as pessoas conheçam Jesus, vivam Jesus.

Para que não sejamos iluminadas pela força do poder e pelo brilho do sucesso, Alberione nos ensina que antes de sermos mestras de comunicação deveremos ser discípulas do Mestre divino, Caminho, Verdade e Vida, à luz da sua Palavra e com a força da Eucaristia. O comunicador deve ser, antes de mais nada, um místico. O Deus que ele comunica às pessoas foi antes alimento de seus pensamentos, amor de seu coração, finalidade de suas ações.

            Temos em Paulo, o discípulo apaixonado de Jesus, no qual se inspirou Tiago Alberione, o nosso exemplo de ação apostólica, nosso protetor e pai. em Maria, Rainha dos apóstolos, temos o modelo para o equilíbrio entre a mística da vida e o trabalho apostólico. Ela, a primeira comunicadora de Jesus, é nossa inspiração e síntese de vida.

A espiritualidade vivida pelas Irmãs Paulinas possui duas sólidas raízes: A Palavra de Deus e Cristo, Mestre, Eucaristia, Caminho, Verdade e Vida. Padre Tiago Alberione, diz que seremos comunicadoras à medida que formos discípulas do Mestre, transformando-nos pelos seus ensinamentos e pela Eucaristia.

Nossa oração é uma antena aberta para o mundo. Rezemos a vida das pessoas, as maravilhas e também os desvios veiculados pelos grandes meios. Queremos, com nossa ação espiritual, fazer acontecer entre as pessoas a comunicação da vida de Deus, realizando no dia-a-dia o programa de Jesus Cristo: "Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância".

 

 
Família Paulina - 10 vozes que anunciam o Evangelho

Apóstolo da Comunicação

             Tiago Alberione nasceu em São Lourenço de Fossano, na Itália, no dia 4 de abril de 1884. Na passagem do século 19 para o 20, estando em oração, Alberione sentiu que deveria fazer alguma coisa pelas pessoas do novo século. Foi um profeta que soube responder plenamente aos apelos de Deus. Sua resposta foi de extraordinária fecundidade para a Igreja e para o mundo. Alberione morreu no dia 26 de novembro de 1971 e foi declarado Bem-aventurado no dia 27 de abril de 2003 pelo Papa João Paulo II.

A espiritualidade Paulinas

               A espiritualidade paulina, centrada em "Jesus Mestre e Pastor, Caminho, Verdade e Vida", é atualíssima e leva em consideração Jesus em sua totalidade e o ser humano na sua integralidade. Diante dos problemas atuais da humanidade, neste início de século e de milênio, nada melhor que enfrentá-los, buscando iluminação nas palavras e ações de Jesus. Ele sempre tem algo a ensinar, a cada dia, ao homem e à mulher que buscam a vida em plenitude.

              Em Maria, Rainha dos Apóstolos, temos o modelo para o equilíbrio entre a mística da vida e do trabalho apostólico. Ela, a primeira comunicadora de Jesus, é nossa inspiração e síntese de fé.
Paulo é o discípulo apaixonado por Jesus, no qual se inspirou Tiago Alberione. Ele é o nosso exemplo de ação missionária, nosso protetor e pai.

               A partir de 1914 e 1915, surge a Família Paulina que concretiza o grande carisma acalentado no coração de Alberione: Viver Jesus Cristo, Mestre e Comunicador, Caminho, Verdade e Vida e anunciá-lo com os mais modernos e eficazes meios que o progresso humano oferecer. Para responder às novas exigências apostólicas vão surgindo através dos anos as diversas Congregações e Institutos da Família Paulina:

1914 - Sociedade São Paulo – Padres paulinos

                Nós, Paulinos, proclamamos o Reino de Deus na missão específica de anunciar o Evangelho na cultura da comunicação. Fomos fundados em 1914 pelo Bem-aventurado Tiago Alberione, na Itália, e hoje encontramo-nos nos cinco continentes.

              Como consagrados, somos chamados a falar ao maior número possível de pessoas de forma atual e profunda. Somos Paulinos porque anunciamos o Evangelho do Mestre com a mesma ousadia do nosso pai e inspirador, São Paulo. O jovem, quando ingressa numa de nossas comunidades, já vive a missão paulina, de forma concreta, desde a sua chegada. É a missão que nos dá identidade na Igreja.

              Se você acredita que o anúncio do Evangelho com os meios de comunicação pode transformar o mundo, junte-se a nós e seja Paulino também.

Site: www.paulinos.org.brE-mail:centrovocacional@paulinos.org.br

1915 - Filhas de São Paulo - Irmãs Paulinas

              Nós, Irmãs Paulinas, somos chamadas e enviadas para viver e comunicar Jesus Cristo, Mestre Caminho, Verdade e Vida, na cultura da comunicação. Corno Irmãs comunicadoras de Jesus Cristo vivemos e realizamos nossa missão em comunidade.

               Nossa espiritualidade está centrada em Jesus Mestre, em Maria, Rainha dos Apóstolos e em São Paulo apóstolo, de quem aprendemos o ardor missionário. A Eucaristia e a Palavra são fontes para nossa espiritualidade paulina.

               Como mulheres consagradas para o anúncio do Evangelho nos colocamos a serviço da Palavra de Deus. O fundador, Bem-aventurado Tiago Alberione nos deixou a herança missionária de fazer dos meios de comunicação nosso lugar e espaço de evangelização. Por isso, ele nos dizia: "o rádio, a televisão, o microfone, os filmes... são nossos púlpitos (lugares de pregação). Os livros, as mensagens, as músicas, as livrarias são igrejas de onde anunciamos o Evangelho". Realizamos juntas esta missão, colocando a comunicação a serviço da vida.

Se você se sente chamada a entregar sua vida por esta causa, comunique-se conosco!
Acesse nosso site www.paulinas.org.br/vocacional ou pelo e-mail:
vocacional@paulinas.com.br

1917 - União dos Cooperadores Paulinos

               Padre Alberione, além das congregações religiosas e dos institutos, organizou leigos e leigas que estivessem estreitamente ligados à missão e à espiritualidade de suas fundações. Os Cooperadores Paulinos ajudaram as congregações nascentes em tudo aquilo que era necessário, participando de sua mística e missionariedade. No pensamento de Padre Alberione, os Cooperadores são benfeitores, sim, mas, ao mesmo tempo, pessoas que compartilham do mesmo ideal com os membros das várias fundações. É formada por homens e mulheres, jovens e adultos - que acreditam no ideal e no valor do carisma paulino e prolongam, nos mais variados ambientes, os múltiplos apostolados da Família Paulina.

               São chamados a viver o apostolado paulino em todas as dimensões: catequese, redação, inserção nos meios de comunicação, evangelização, inserção nas diversas pastorais, acreditando que o carisma paulino é atual e urgente e constitui um grande desafio para o mundo de hoje.

E-mail: cooperadores@paulinas.com.br1924 - Discípulas do Divino Mestre

               Nós, Irmãs Discípulas do Divino Mestre, cultivamos uma espiritualidade litúrgica, centrada na pessoa de Jesus Mestre que se faz presente na Palavra, na Eucaristia e na comunidade reunida. Assim como Maria e o apóstolo Paulo, vivemos nossa consagração em comunidades de oração e de atividades apostólicas, no seguimento de Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida. Nossa missão na Igreja se insere no amplo horizonte do sacerdócio dos batizados, dos ministérios litúrgicos e da pastoral litúrgica. Essa missão acontece também através da formação litúrgica e da produção de subsídios que colocam a arte e a criatividade a serviço da Liturgia.

               Se você sente no coração o desejo de consagrar sua vida a Deus, seguindo Jesus, venha nos conhecer, venha partilhar da nossa vida e da nossa missão.

E-mail: vocacional@piasdiscipulas.org.br

1938 - Irmãs de Jesus Bom Pastor (Irmãs Pastorinhas)

                Nós, Irmãs de Jesus Bom Pastor, temos como centro de nossas vidas a pessoa de Jesus Bom Pastor, Caminho, Verdade e Vida. Alimentamo-nos da Palavra de Deus e da Eucaristia. Vivemos em pequenas comunidades a consagração religiosa, a vida de oração, a partilha de vida e dos bens e a missão comum. Com um carisma bem definido, participamos da missão de Cristo Pastor, na edificação e no crescimento das comunidades cristãs, em colaboração e reciprocidade com os padres, bispos e leigos na Igreja.

                Movidas pela compaixão do Jesus Bom Pastor, vivemos com simplicidade e disponibilidade nos lugares mais necessitados de evangelização, atuamos no anúncio da Palavra de Deus, na orientação bíblica, na catequese e liturgia, na formação de agentes de pastorais, nos movimentos populares e projetos sociais...
Você se sente atraída por esta missão? Entre em contato conosco! Venha ser Irmã Pastorinha, colocando sua vida a serviço de Deus e dos irmãos e irmãs na missão Pastoral.

E-mail: irmaspastorinhas@terra.com.br

1959 - Instituto Rainha dos Apóstolos (Irmãs Apostolinas)

                No seguimento de Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, sob o olhar da Rainha dos Apóstolos e no espírito de São Paulo, nós, Irmãs Apostolinas, somos chamadas e enviadas a anunciar o Deus que chama "consumindo a vida pelas vocações". Em nossa atuação pastoral, buscamos despertar a consciência de que todos somos vocacionadas e vocacionados. 
               
                Ajudamos e acompanhamos as pessoas na descoberta e vivência de sua vocação e ministério na Igreja e no mundo para que o Reino de Deus aconteça entre nós. Na simplicidade, na fraternidade e na oração realizamos nossa missão por meio de encontros e retiros vocacionais, orientação vocacional, semanas vocacionais, exposição vocacional, experiência de oração, formação de lideranças, participação nas equipes de Pastoral Vocacional e por meio do Centro Vocacional.

                 A você jovem, aberta à vida, ao amor, ao compromisso vocacional, o nosso convite: venha juntar-se a nós consagrando sua vida pelas vocações!

E-mail: apostolinas@hotmail.com

1960 - Institutos Seculares:

                 Padre Alberione, em sua preocupação apostólica, buscou contemplar todas as pessoas. Assim deu início aos Institutos de Vida Secular Consagrada e à União dos Cooperadores Paulinos.

Instituto São Gabriel Arcanjo - Gabrielinos
É destinado a homens solteiros que, como leigos consagrados, exercem sua missão na sociedade, usando dos meios que têm ao seu alcance para tornar conhecido Jesus Mestre.

Instituto Nossa Senhora da Anunciação - Anunciatinas
Destina-se a mulheres que se consagram a Deus no ambiente da própria família. As Anunciatinas realizam sua missão onde vivem, tendo como suporte espiritual a herança deixada pelo Bem-aventurado Tiago Alberione

Instituto Jesus Sacerdote
Destina-se a sacerdotes diocesanos que aspiram viver a espiritualidade e missão paulinas e proclamam, onde se encontram, nuanças dessa vivência.

Instituto Sagrada Família
Tem como fim a santificação da vida conjugal e familiar. Cada casal que participa do Instituto acolhe o dom dos votos de pobreza, castidade e obediência e busca testemunhar o Evangelho no ambiente onde vive e age.



Missão Paulina - Mulheres comunicadoras do evangelho
Irmãs Paulinas - uma congregação de vanguarda na Igreja

Comunidade Apostólica

Possuidoras de um carisma, de uma herança que nos lança ao encontro dos maiores desafios da modernidade, nós assumimos a comunicação como nosso estilo de vida e com ela crescemos. Nascemos com estes grandes desafios da modernidade e com eles vamos enfrentando os tempos: da composição manual è editoração eletrônica, do vinil a música digital do telefone à internet, dos pontos de venda às livrarias virtuais, de conquistas em conquistas, de avanços em avanços, mas sempre com o mesmo objetivo: viver e comunicar às pessoas a mensagem de vida, de justiça, de liberdade de fraternidade que nos comunicou Jesus.

Paulinas Editora: da idéia ao livro

É tempo de construir a comunicação!
É tempo de fazer pontes!
Não vamos perder esta chance.
Pontes de livros, folhetos, cartazes, cartões...
Pontes de comunicação.

Pensar Paulinas, desde 1932, vem plantando sementes de bem. São centenas de milhares de livros, para todas as idades e categorias de pessoas.A mensagem é sempre a mesma, mas o momento, o jeito, a forma vão evoluindo. É preciso reflexão, discernimento, oração, desafio.
Depois de um longo e dedicado processo, o papel se torna livro, folheto, cartão e chega às multidões sedentas de uma Boa Notícia. Assim lentamente, a comunicação se constrói, e o Reino de Jesus é oferecido a todos.

Revistas: informação e reflexão

É tempo de construir a comunicação!
Notícias, agências, revistas, jornais unem, dividem, aproximam, afastam o mundo. O mundo está nas mãos dos grandes meios. Eles fazem a opinião pública. Eles nos fazem chorar, rir, bater palmas. Quem possuem a informação possui o poder, tem o mundo a seus pés. E a Boa Nova de Jesus?
Ela é o fermento na massa, reflete e questiona a informação.

Revistas como a Família Cristã, a Diálogo e a Super+ são a pequena semente, são o fermento. Fazem refletir a notícia, ponderar a realidade, construir a verdade. Assim, lentamente, a comunicação se constrói, e o Reino de Jesus é oferecido a todos.

Gravadora COMEP: Um espaço de alegria e oração

É tempo de construir a comunicação!
Estamos no tempo da novidade, da criatividade, do som, da música, da festa, da mudança.
A palavra passou do papel para o som. De dentro das casas para os telhados, estamos envolvidos por sons, por vozes, por ruídos.
Dentre todas essas vozes, queremos ouvir uma voz, uma voz de paz, de harmonia, de verdade, de esperança. Queremos uma Boa Notícia.
Comep faz a Boa Notícia tornar-se som, alegrar nossa vida, fazer sorrir nosso coração, unir numa só voz a comunidade em oração.
Assim lentamente, a comunicação se constrói e o Reino de Jesus é oferecido a todos.

Multimídia: a tecnologia a serviço do Evangelho

É tempo de construir comunicação!
A comunicação criou um mundo virtual, um mundo que é enão é. Um mundo que desconhece as distâncias e cria distâncias ainda maiores. Um mundo que facilita a navegação para fora e dificulta a navegação para dentro.
Rádio, Internet, Televisão, Música, Filme... todas essas novas técnicas e outras mais fazem parte da Paulinas Multimídia. É a tecnologia avançada, o desafio, a coragem a serviço da Boa Nova de Jesus. É preciso aproveitar esta chance, é preciso, como diz são Paulo, encher o mundo do Evangelho. Assim, lentamente, a comunicação se constrói, e o Reino de Jesus é oferecido a todos.

Serviços de Comunicação: criando a consciência crítica

É tempo de construir a comunicação!
Com os grandes meios e com o trabalho minucioso da aranha artista que faz a teia, a comunicação acontece. Porque nós somos a potência da comunicação. Assim como as grandes potências nos dominam, igualmente podem ser esmagadas por nós. Nós somos a reflexão, o filtro, a consciência da comunicação.
Trabalhar a comunicação nos pequenos grupos, criar consciência crítica, separar o joio do trigo, detectar onde está a Boa Notícia, é um trabalho de mestre que as Paulinas fazem por meio de cursos, encontros, palestras, seminários... sempre de forma criativa. Assim lentamente, a comunicação se constrói, e o Reino de Jesus é oferecido a todos.

Divulgação: a mensagem ao encontro do povo

É tempo de construir a comunicação.
Mas a comunicação só acontece no encontro com o interlocutor. Fazer comunicação é fazer bombas, bombas em vários formatos, de livros, revistas, CDs, DVDs, onlines...
A bomba está aí, explodindo formação e informação, mas é preciso acionar a chave. Divulgação é chave, é senha, é caminho para fazer chegar o produto nas mãos do povo.
A publicidade promove para vender. Mas, a Publicidade Paulinas faz a diferença, ela não só quer vender, ela quer que se vista o produto, se assuma a causa. Pois seu produto é a mensagem de Jesus, a Palavra da verdadeira vida.
Assim lentamente, a comunicação se constrói e o Reino de Jesus é oferecido a todos.